Um menino de três anos teria sofrido discriminação por parte de sete funcionárias de uma creche em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro. A história começou no início do mês, mas foi divulgada nesta quarta-feira (30) pelo g1. De acordo com o relato da mãe da criança, a diretora da instituição e outras seis servidoras fizeram um bolão para acertar o peso do menor.
Em entrevista ao portal, a mãe disse que ficou sabendo do caso através de outros pais do Centro Municipal de Educação Leda Tavares Moreira. “Eram três mães, me perguntando se eu já sabia o que estava acontecendo. Falei que não. Elas perguntaram: a escola não te falou? Eu falei, não! Me contaram que meu filho tinha sido pego por sete funcionárias da creche, saído da sala, ido até a cozinha, onde tinha feito um bolão para saber o peso dele”, contou ela.
Consternada, a mulher foi até a creche tirar satisfações e descobriu que a situação era ainda pior: as profissionais questionaram quantos “arrobas” o garotinho pesava. Quem chegasse mais próximo, receberia o valor de dez reais de cada professora. Vale ressaltar que arroba é uma unidade de medida utilizada para pesar cabeças de gado.
“É frustrante, agoniante saber que seu filho continua lá, num lugar que coloca achando que ele vai ter amor e carinho. Claro, tem muita professora lá boa, que estão indignadas com a situação… mas esses sete funcionários não deveriam nem estar lá ainda” , lamentou ela.
Ao descobrir o bullying contra seu filho, a responsável foi auxiliada pela vereadora Priscila Pitt a procurar o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que afirmou ter instaurado um procedimento administrativo para apurar os fatos. No texto da denúncia, a vereadora aponta que o episódio é uma “prática cruel em um ambiente que deveria garantir a segura e o bem-estar desta criança”. Uma suposta conversa entre as funcionárias também foi exposta. No print, a ganhadora passa a chave PIX para receber o valor combinado.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação repudiou a conduta das servidoras e anunciou que todas as envolvidas foram punidas com um afastamento de 30 dias. A diretora, ao saber que a história havia se espalhado, pediu exoneração. O órgão também garantiu que está à disposição da criança e dos familiares para prestar todo apoio e suporte necessários.
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