A estudante Poliane Araújo relatou ao “Fantástico“, neste domingo (8), a atitude de Eluciana Cardoso ao ver que Jeniffer Castro se recusou a trocar de assento com uma criança. Ela também revelou os comentários que outros passageiros direcionaram à bancária, e disse que preferiu não se envolver na confusão.
Poliane é, inclusive, madrinha de Arthur, o menino que quis ficar com a poltrona de Jeniffer. Ela estava sentada duas fileiras atrás de onde tudo aconteceu, e presenciou o momento em que Eluciana começou a gravar a situação.
“Ela (Jeniffer) queria ir no lugar dela, é direito dela. E as pessoas do avião, que estavam em torno da gente, começaram com os burburinhos: ‘Meu Deus, que mulher grossa. Que mulher sem empatia'”, recordou Poliane.
A estudante estava sentada perto da nutricionista quando foi abordada. “Ela me ‘catucou’ e me perguntou assim: ‘O que está acontecendo aí, que essa criança está chorando muito?’. Aí ela [falou]: ‘Vai lá, pede pra trocar’. Eu falei: ‘Não, eu não vou, jamais. O lugar é dela'”, narrou a moça.
Segundo ela, Eluciana disse que iria falar com Jeniffer, apesar da discussão. “Aí eu falei: ‘Olha, se a senhora for, o problema é seu. Mas eu não vou, porque ela está no direito dela'”, completou a madrinha da criança.
A nutricionista também conversou com a reportagem e, com a voz embargada, deu sua versão. “Eu levantei e fui lá. Abordei a Jeniffer com toda a educação, não fui grossa com ela na abordagem, que não está gravada. Aí eu perguntei: ‘Você não tem compaixão com a situação que você está vendo?'”, recordou Eluciana.
Poliane acrescentou que foi neste momento em que a nutricionista decidiu filmar. “Ela falou assim: ‘Ai, cara, eu não aguento’. Ela tirou o celular do bolso e falou assim: ‘Agora eu vou deixar ela famosinha'”, detalhou a estudante, ao final.
Caso vai para Justiça
Agora, o caso continua na Justiça. Segundo a advogada de Jeniffer, ela pretende processar as pessoas por trás do vídeo pelos crimes de difamação e injúria. “Já vamos iniciar absolutamente todas as tratativas para a realização do processo cível e penal”, garantiu Pamela Marcele.
“A conduta de filmar a Jeniffer sem qualquer autorização e em um contexto absolutamente constrangedor, como aconteceu, é passível de uma reparação por danos morais. Nós identificamos os crimes de difamação e de injúria”, citou a advogada, por fim.
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