Vídeo: Câmeras flagram pedófilo carregando menina de 12 anos dentro de mala no DF

Criança foi encontrada amarrada e machucada, com sinais de violência sexual, dentro do apartamento de Daniel Moraes Bittar

Na noite de ontem (28), Daniel Moraes Bittar foi preso após sequestrar, abusar sexualmente e manter refém uma menina de 12 anos, em um apartamento da Asa Norte, em Brasília. Em novo vídeo divulgado pelo Metrópoles hoje (29), é possível ver o exato momento em que o criminoso chega na própria casa, carregando uma mala na qual a vítima estava escondida.

Segundo o veículo, a criança — que teve sua identidade preservada — estava a caminho da escola, por volta do 12h30, quando foi abordada pelo analista de TI em um Ford EcoSport de cor preta, no Jardim Ingá, bairro de Luziânia (GO). Daniel estava acompanhado por uma mulher. Em depoimento às autoridades, a menina revelou que o homem usou uma faca para rendê-la.

Na sequência, a mulher que o acompanhava usou clorofórmio, em um pano, para dopá-la. Os sequestradores pararam o veículo perto da Cidade Ocidental, no Entorno de Brasília, para colocá-la em uma mala. Quando recobrou a consciência, a vítima já estava na casa do homem.

Por volta das 14h de ontem, as câmeras de segurança do condomínio flagraram Daniel chegando à própria casa, carregando a mala em questão. Após retirar o objeto do bagageiro, ele cobre a mala com um pano e a arrasta pelo portão e pelas escadas, até chegar ao seu apartamento. A Polícia Militar afirmou que a vítima estava dentro do objeto, dopada, durante todo o trajeto. Assista:

 

Câmeras de segurança ajudaram na investigação

Ainda na quarta-feira, por volta das 18h, um militar goiano, que é tio da vítima, passou a se preocupar com a falta de notícias da sobrinha. O PM, que não teve sua identidade revelada, acionou o Serviço de Inteligência da corporação e traçou os passos da garota, desde a escola até sua residência.

Próximo à casa da jovem, câmeras de segurança foram encontradas e imagens mostravam o veículo descrito por testemunhas como sendo do criminoso. Policiais do 20º Batalhão da PMGO, em Valparaíso, trabalharam com a Polícia Militar do DF, que localizou o endereço dos criminosos, utilizando a placa do veículo.

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Ao chegar ao local, agentes de ambas as corporações subiram ao apartamento de Daniel, que atendeu a porta. Questionado, ele confessou que teria sequestrado a garota. Segundo relato do Grupo Tático Operacional do 3º Batalhão (Asa Norte) ao Correio Braziliense, a garota foi encontrada seminua na cama do criminoso, algemada pelos pés e com diversas escoriações pelo corpo. Ela estava consciente, mas muito abalada emocionalmente.

Material usado no sequestro foi encontrado no apartamento do criminoso. (Foto: Polícia Militar do Distrito Federal/O Povo)

Em depoimento, a vítima contou que Daniel a ameaçou de morte e chegou a dizer que não trabalharia durante a próxima semana, pois faria dela sua “escrava sexual”. Ele também a molestou e a obrigou a acariciar seus órgãos genitais. O ato foi registrado em um vídeo, que foi enviado para a mulher que participou do crime.

Dentro da residência, foram encontradas duas máquinas de choque, fita crepe tipicamente usada para amarrar pessoas, medicamentos, uma garrafa de clorofórmio, câmera fotográfica, cartões de memória, uma mala de viagem, DVDs e revistas pornográficos, além de objetos sexuais, como vibradores. Nas redes sociais, o criminoso publicava conteúdo contra a pedofilia.

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Após o ocorrido, a Polícia Militar do estado goiano (PMGO) encaminhou a jovem, que tinha sinais de violência sexual, ao Instituto Médico Legal, onde ela passou por exames de corpo de delito. Na sequência, ela foi levada para um hospital para receber atendimento médico, devido a extensão dos machucados. Após a prisão de Daniel, sua namorada, suspeita de auxiliar no sequestro, também foi presa.

O crime foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia Civil do DF (Área Central) e uma investigação foi iniciada ainda ontem (28) para averiguar o caso. Daniel Moraes Bittar é servidor do Banco de Brasília (BRB) e, após a repercussão do caso, a instituição se manifestou. Em nota, o BRB reforçou que “repudia veementemente todas as práticas criminosas, especialmente as de cunho sexual e contra menores”.

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