O ex-policial militar, André da Silva Aleixo, foi morto a tiros, nesta segunda-feira (7), no Jardim Guanabara, localizado na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. O crime foi praticado por dois homens encapuzados e que usavam luvas, e filmado por uma câmera de segurança.
Nas imagens, divulgadas pelo jornal ‘O Globo’, os bandidos chegam de carro à Rua Formosa pouco antes das 6h da manhã. O ex-PM estava em frente à sua casa, encostado num veículo estacionado, quando os criminosos saltam e atiram. De pronto, a viúva de André sai correndo da residência até os atiradores, na tentativa de contê-los.
Em um primeiro momento, a dupla escapa da cena do crime. A mulher, então, se abaixa ao lado do marido e grita por socorro. Pouco depois, a vítima chega a se movimentar e é baleada novamente pelos criminosos. Ao notarem os movimentos de André, eles deram ré e saltaram do veículo para executá-lo.
A viúva se aproxima do homem que estava totalmente vestido de preto e tenta impedir que ele atire, mas o outro bandido o faz. Os dois, então, fogem do local definitivamente. Em seguida, um terceiro homem chega e faz uma ligação. A mulher entra na casa e sai logo após, também com o celular nas mãos.
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Testemunhas contaram a agentes do 17º BPM (Ilha do Governador) que Aleixo saía de casa para passear com seus cachorros quando ocupantes de um carro, de modelo não identificado, passaram atirando. Assim como mostrado nas câmeras, eles também informaram que a dupla estava com um capuz.
Os PMs isolaram o local do crime e acionaram a perícia. Equipes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) seguiram para a região, e agora investigam o ocorrido. Em nota, a Polícia Civil declarou que “diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação do crime”.
Passagens pela polícia
De acordo com o Ministério Público do Rio Janeiro, André da Silva foi preso em 2017, durante uma operação denominada “Calabar”, sob acusação de extorsão e tráfico de drogas em São Gonçalo. Ele e outros 90 agentes foram expulsos da corporação. Atualmente, o ex-policial estaria ligado à contravenção da Ilha do Governador.
André foi detido novamente em 2020, segundo O Globo, em uma operação da Corregedoria da PM. O trabalho tinha o objetivo de combater quadrilhas que controlavam máquinas caça-níqueis e faziam cobranças ilegais a comerciantes. Além dele, que na época era lotado no 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), outros quatro policiais militares foram detidos.
Na ocasião foram encontrados no carro de André, uma pistola e R$ 257 mil. O dinheiro estava em duas mochilas. Além disso, também foram achados cadernos com anotações e controle de arrecadação de máquinas de jogos de azar, um distintivo da Polícia Militar, uma touca ninja e um par de luvas pretas.