Nesta quinta-feira (30), o RJ2, da Globo, exibiu imagens exclusivas do estado em que ficou o apartamento do Luiz Marcelo Ormond, que, segundo investigações policiais, morreu após ser envenenado com um brigadeirão. A principal suspeita do crime é Júlia Andrade Cathermol, de 29 anos, que mantinha um relacionamento amoroso com a vítima. Ela continua foragida.
Nos registros, é possível ver a porta do imóvel arrombada para a entrada do socorro. Enquanto a sala estava quase vazia, o quarto já estava todo revirado. Quando os bombeiros conseguiram entrar no apartamento, o corpo do empresário já estava em avançado estado de decomposição. Assista:
RJ2 exibe imagens do imóvel de empresário morto com brigadeirão pic.twitter.com/xdBCvgGamq
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Luiz tinha 44 anos, administrava imóveis, com vendas, compras e aluguéis. Ele não tinha filhos. “Luiz era uma pessoa maravilhosa. E descobrimos quantas pessoas no prédio gostavam dele. É uma pessoa que vai deixar muita saudade“, disse Pedro Paulo Ormond, primo da vítima, ao RJ2.
A reportagem também mostrou que ele alterou o status do Facebook para casado, em 24 de abril, mesmo se queixando da relação com Júlia. “Ele falava muito que vivia em briga com ela, ele sempre falava comigo, que eles brigavam muito e tudo mais. Ele tinha medo de se casar, por causa dos bens dele e tudo mais, com medo de separar“, declarou um amigo, que não quis ter a identidade revelada.
O corpo de Luiz foi encontrado no sofá da sala em 20 de maio, ao lado de uma cartelas de morfina. O empresário estava sentado, com dois ventiladores ligados, um no teto e outro no chão, em direção à janela, que estava aberta. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), Luiz morreu de 3 a 6 dias antes de o corpo ser achado. Os bombeiros foram acionados após os vizinhos reclamarem do mau cheiro.
A cigana Suyany Breschak, que de acordo com a polícia ajudou Júlia Andrade a planejar a morte do empresário, prestou depoimento às autoridades e afirmou que a foragida envenenou a vítima com o brigadeirão. Júlia também planejava ficar na companhia do corpo durante o fim de semana para se apossar dos bens do empresário e chegou a enrolar o corpo dele em lençóis e cobertores.
De acordo com Breschak, um dia após o crime, Júlia ligou os ventiladores em direção ao corpo, pois “estava fedendo demais”. A moça também chegou a lavar o apartamento com água sanitária, pois até urubu estava pousando na janela. Em mais imagens exibidas pelo RJ2, das câmeras de segurança do prédio, ela aparece na garagem, colocando itens no porta-malas do carro de Luiz. A foragida, ainda, pode ser vista indo à academia e deixando o local, no dia seguinte, com duas malas, após receber o cartão de banco da conta conjunta que havia aberto com a vítima. Veja:
RJ2 exibe imagens das câmeras de mulher suspeita de matar empresário pic.twitter.com/EB6xFBAK44
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Relembre o caso
Júlia Andrade Cathermol Pimenta é a principal suspeita de matar o namorado envenenado e passar dias convivendo com o corpo da vítima dentro do apartamento em que ele morava no Engenho Novo, Zona Norte do Rio de Janeiro. Em seu relato, a cigana afirmou que a foragida contratava seus serviços para esconder da família e de namorados que ela era garota de programa.
De acordo com a cigana, ela tinha uma dívida de cerca de 600 mil com Suyany, por trabalhos e consultas. Júlia também levou o carro do empresário, um Honda CRV, após matá-lo, para a Araruama, na Região dos Lagos. O veículo serviria para amortizar 75 mil reais dos 600 mil devidos por Júlia. O carro foi entregue a um ex-namorado da cigana, conhecido como Vitor. Imagens do circuito interno do prédio mostraram, ainda, os últimos momentos em que Luiz Marcelo apareceu com vida. Confira:
Últmas imagens do homem que supostamente morreu envenenado pela namorada pic.twitter.com/yhSdZjfLWq
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Breschak foi presa na terça-feira (28), em Cabo Frio, na Região dos Lagos, e transferida nesta quarta-feira (29) para o Rio de Janeiro. Seu advogado, Cleison Rocha, alegou que ela é inocente e está sendo acusada injustamente. “A Suyany trabalha com cartas e búzios, e a Júlia se consultava apenas com a Suyany. Não são amigas, elas têm apenas uma relação profissional“, disse ele. Júlia, por sua vez , permanece foragida. A polícia analisa o crime como premeditado. Saiba mais detalhes, clicando aqui.
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