Parece que não será dessa vez que seremos visitados pelos alienígenas… Nesta quarta-feira (21), um objeto estranho foi avistado em várias cidades do Rio Grande do Sul pelas câmeras do projeto “Bate-Papo Astronômico” e do campus Santo Ângelo do Instituto Federal Farroupilha. A princípio, as pessoas imaginaram que seriam provas da existência de ETs, mas os especialistas descartaram essa opção.
As imagens foram feitas por volta das 5h da manhã em Santa Maria e Santo Ângelo, no interior gaúcho. Os softwares monitoraram a luz que percorreu os céus. Olha só:
🇧🇷 | Um objeto luminoso não identificado (OVNI) foi registrado no céu do Rio Grande do Sul na madrugada de quarta-feira (21).
O objeto foi flagrado por volta das 5h pelo Observatório do campus Santo Ângelo do Instituto Federal Farroupilha. pic.twitter.com/p9mafsZCcD
— World Events 🌎 (@Eventmund) February 22, 2024
De acordo com a análise da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) divulgada pelo UOL, nesta quinta-feira (22), o objeto luminoso era o fragmento de um “satélite secreto”. Segundo o pesquisador Marcelo Zurita, existem mais de 30 mil objetos catalogados que vagam na órbita terrestre, mas é preciso identificar se o satélite em questão faz parte dessa lista.
“São poucos os objetos que têm GPS, por exemplo. A grande maioria é catalogada por coordenadas anotadas por observadores na Terra, baseadas em parâmetros orbitais divulgados. Há empresas e governos que diariamente monitoram o comportamento dos objetos artificiais em órbita terrestre. No caso dos satélites secretos, ou espiões, esse parâmetro orbital não é divulgado”, explicou o estudioso da Bramon.
O especialista ainda ressaltou que muitos satélites secretos de potências como Estados Unidos, China, Rússia e países do Oriente Médio, nunca tiveram suas coordenadas informadas aos serviços de monitoramento espacial e não são rastreáveis.
Já o diretor-executivo do “Bate-Papo Astronômico”, Fabrício Colvero, deu mais detalhes sobre a descoberta. Ele afirmou que os pesquisadores notaram que tratava-se de um objeto artificial devido às características identificadas nos registros. “Esse objeto entra em rotação e conforme ele vai girando, os painéis solares ou a própria estrutura do objeto terminam refletindo a luz solar em vários momentos”, explicou Colvero ao UOL, acrescentando que o fragmento poderia estar fora de uso, fora de operação e até mesmo “fora de controle”.
“O que mais nos chamou a atenção é que a gente não conseguiu até o momento localizar esse objeto especificamente no nosso banco de dados. Isso porque ele pode ser um objeto já desatualizado no banco de dados e por algum tempo ninguém o observou ou ninguém o relatou”, esclareceu. Colvero ainda disse que existem riscos para a reentrada de objetos artificiais na atmosfera terrestre, o que pode causar impactos no solo e até em residências.
“Por sorte, temos um vasto oceano e muitas áreas desabitadas no planeta, então o risco com lixo espacial até o momento é baixo. A gente não tem relato de nenhum dano mais severo causado por lixo espacial. Mas é uma possibilidade, com aumento muito crescente, muito acentuado por conta da enorme quantidade em órbita”, concluiu.