Hugo Gloss

Vídeo: Repórter acusa mascote do Internacional por importunação sexual durante partida: “Comecei a tremer”

repórter assédio

A repórter esportiva Gisele Kümpel, do Canal Monumental, acusou o homem responsável por dar vida ao mascote do time Sport Club Internacional de assediá-la durante uma partida neste domingo (25). A jornalista levou o caso para a Delegacia da Mulher de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, após ter sido beijada e abraçada sem seu consentimento.

Em relatos postados em suas redes sociais, Gisele se mostrou indignada com a atitude da pessoa embaixo da fantasia. “Não vou me calar. Vou pedir medida protetiva para quando eu fizer jogo aqui no Internacional, então já estou avisando”, disse ela nos stories. Já no X (antigo Twitter), a profissional lamentou a situação constrangedora.

“Infelizmente o Grenal acabou com BO para mim. Assédio sexual por parte do mascote do Internacional. Mais um dia de mulheres que querem fazer o seu trabalho no futebol e sofrem por isso com idiotas que são criminosos. Vou até o fim para que nenhuma outra mulher tenha que passar por isso. Está tudo bem. Ao afastar o medo, o tremor, o choro e a descrença do momento, fiz o que pude, pois eliminar um fato é impossível. Obrigado pela preocupação”, escreveu.

 

Entrevistada pelo ge, Gisele explicou como a importunação teria ocorrido. Segundo ela, o mascote se aproximou dela após o terceiro gol do Internacional, no segundo tempo de jogo. “Quando sai o gol, em vez de comemorar com a torcida, ele vem e para do meu lado. Eu estava relatando o lance para o canal e ele vem e me abraça de lado. Fecha os dois braços em mim e fica alguns segundos. Não foi um tapinha nas costas. E ele, com a máscara, vem para me dar um beijo. Senti o suor dele em mim e o barulho do beijo”, descreveu a repórter.

De acordo com Gisele, o homem já a estava incomodando desde antes do gol. “Eu comentei, uma hora: ‘Eu não aguento mais esse mascote me incomodando’, e ouvi alguém falar ‘Ele às vezes incomoda mesmo’. Quando deu pênalti para o Inter, eu já pensei ‘Vou me afastar, porque se o Inter fizer gol, ele vai vir'”, continuou. O episódio ainda teria causado uma crise de pânico. “Comecei a tremer. ‘Só um pouquinho, ele não pode me abraçar, tem algo errado acontecendo aqui’. Começou a me dar uma crise de pânico, de angústia. Eu paralisei”, concluiu.

A jornalista levou a denúncia para a Polícia Civil do próprio Estádio Beira-Rio. O caso está sendo investigado. Em nota, o Internacional afirmou que disponibilizará imagens para ajudar as autoridades, além de acompanhar de perto a apuração.

“Sobre os fatos registrados no Juizado do Torcedor e Posto da Polícia Civil do Beira-Rio após o clássico deste domingo, o Internacional informa que, como habitual, disponibilizará imagens do seu circuito de monitoramento para a elucidação dos casos. Tanto as ocorrências de arremessos de cadeiras oriundas da torcida visitante, que atingiram torcedores do Internacional, quanto a denúncia registrada por profissional da imprensa serão acompanhadas pelo Clube para a adoção das medidas cabíveis”, finalizou o texto.

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