Hugo Gloss

Vídeo revela destruição no interior de casa alugada por homem-bomba, e detalhe no espelho chama atenção

Reprodução/Polícia Militar/Redes Sociais

A Polícia Militar desativou os explosivos que estavam em uma casa alugada por Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões na Praça dos Três Poderes, em Ceilândia, a 30 quilômetros de Brasília. Em vídeo divulgado nesta quinta-feira (14), é possível ver a residência com móveis e alguns eletrodomésticos quebrados.

O registro também revelou o desabamento de parte do forro do teto e uma maleta no chão, que aparentemente armazenava um explosivo. Segundo o porta-voz da PMDF, Raphael Van Der Broocke, os artefatos encontrados no imóvel são do mesmo tipo dos usados em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao g1, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informou que uma gaveta, ao ser aberta por um robô antibombas da corporação, gerou uma “explosão gravíssima”. Ninguém ficou ferido.

Outro detalhe que chamou atenção das autoridades foi o espelho do banheiro. Nele, estava escrito com batom o nome de Débora Rodrigues, mulher que pichou a estátua da Justiça nos ataques de 8 de janeiro de 2023. “Por favor, não desperdice batom! Isso é para deixar as mulheres bonitas. Estátua de m*rda se usa TNT“, dizia a mensagem.

Assista:

Duas explosões na Praça dos Três Poderes assustaram a população de Brasília na noite desta quarta (13). De acordo com o jornal O Globo, Francisco apareceu vestido com um terno verde e adornado com símbolos de naipes do baralho, similar ao personagem Coringa. Nas imagens das câmeras, é possível vê-lo recuar após ser abordado por um segurança. Ele joga os explosivos contra a sede do STF, se deita no chão com um artefato perto da cabeça e morre após a detonação. [Atenção: imagens fortes]

Confira:

Em depoimento à Polícia Federal de Santa Catarina, a ex-mulher de Francisco disse que ele compartilhou pesquisas na internet sobre como proceder o ataque. Ela afirmou que o ex “queria fazer algo maior” e que morreu “porque foi descoberto“. Segundo a ex-esposa, identificada apenas como Daiane, o autor das explosões “falava que queria matar o Alexandre de Moraes e quem mais estivesse perto na hora do atentado“.

O ato, descrito pela Polícia Militar do Distrito Federal como um “autoextermínio com explosivo”, ocorreu por volta das 19h30, levando ao isolamento imediato da área e à evacuação dos prédios próximos, incluindo o do Supremo Tribunal Federal (STF). As forças de segurança, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, responderam ao ocorrido, que também envolveu a detonação de um carro carregado de fogos de artifício. O veículo estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados.

Suspeito foi candidato a vereador em SC. (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

O UOL informou que uma varredura será feita nos prédios da Câmara e do STF ainda hoje. As atividades já foram retomadas. O Senado Federal, por sua vez, suspendeu os trabalhos. Em nota, o órgão declarou que “ministros foram retirados do prédio em segurança”. A Polícia Civil investiga o caso, e a Polícia Federal abriu um inquérito.

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