Vírus de celular desvia Pix e tira todo dinheiro de conta; saiba como se proteger

O golpe é feito através da instalação de um programa malicioso por aplicativos na Play Store ou de notificações

Alerta para o novo golpe que está circulando por aí! De acordo com informações divulgadas pela Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (13), a empresa de cibersegurança Kaspersky informou que um vírus de celular capaz de desviar dinheiro via Pix vem se tornando cada vez mais comum no Brasil. Apesar de ainda estar restrita ao país, atualmente esta é a segunda fraude mais registrada da América Latina.

Segundo o levantamento feito pela publicação, a tecnologia desenvolvida por criminosos brasileiros foi detectada em dezembro de 2022 e já é responsável por 1.385 registros de golpes em 2023. Neste golpe, um programa malicioso (malware) é instalado nos celulares através de aplicativos na Play Store ou de notificações.

O programa trabalha na etapa anterior à solicitação da senha. Assim, os criminosos conseguem trocar o destinatário e o valor da transferência. Entre os indícios de que a fraude está sendo realizada, estão a tela do aparelho tremer e lentidão para realizar o carregamento. É possível que, só em uma ação, os ladrões levem até 95% do valor que está disponível na conta bancária.

Criminosos conseguem tirar até 95% do valor na conta bancária com golpe do Pix (Foto: Unsplash/Kenny Eliason)

Para ter uma ideia de como acontece, em um dos casos a fraude se deu a partir de um anúncio de uma atualização do WhatsApp. Depois disso, a pessoa foi redirecionada para uma espécie de aplicativo de mensagens. Caso baixasse o programa “Atualização Whats App v2.5”, ela teria tido o celular comprometido.

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Este aplicativo já foi retirado da Google Play. Em nota enviada à Folha de S.Paulo, o Google comunicou que, para eles, a segurança na sua loja online é um ponto crucial. “Nossos usuários são protegidos pelo Google Play Protect, que identifica comportamentos nocivos nos apps e dispositivos Android e alerta os usuários”, afirmaram. Apesar do vírus também existir no sistema da Apple, os casos não são tão recorrentes.

Como se proteger?

Para impedir que golpes deste tipo aconteçam, é necessário que antes de tudo você suspeite de de qualquer notificação que peça “acesso às opções de acessibilidade”, seja no navegador ou nos aplicativos. Isso pode dar ampla permissão às funcionalidades do smartphone, o que pode ser bem perigoso. O Cyber Threat Intelligence Lead da empresa Apura, Anchises Moraes, também revelou à Exame que manter o sistema operacional do dispositivo atualizado é uma boa saída de proteção.

Outra dica importante é instalar um antivírus confiável e sempre mantê-lo atualizado, porque isso ajudará a identificar e bloquear possíveis ameaças. Também é necessário verificar se o aplicativo bancário é mesmo o oficial da instituição antes de fazer o download no aparelho. Evitar clicar em links enviados por fontes desconhecidas, desconfiar de solicitações de dados pessoais e proteger os dispositivos com senhas seguras são outros pontos de atenção.

Por fim, monitore com frequências as transações feitas no aplicativo bancário e fique atento aos detalhes. Mensagens com erros ortográficos, endereços de websites suspeitos ou pedidos para realizar ações urgentes. As instituições financeiras legítimas nunca fazem isso.

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