Até em motel! Artesã do meme “três reais” entra com processo contra 100 empresas que usaram sua imagem sem autorização: “Foi devastador”

Você pode não reconhecer o nome Raquel Motta do Amaral, mas com certeza se lembra do meme “três reais”, protagonizado por ela e pela apresentadora Ana Furtado… Pois é, muita gente ‘surfou’ no sucesso da brincadeira e acabou usando a imagem da artesã de forma inadequada. Agora, ela pede indenização por todas as propagandas produzidas sem seu consentimento em um processo contra 100 empresas.

Pouco mais de um ano atrás, a mulher esteve no programa “É de Casa” e chocou a esposa do diretor Boninho com uma carteira que custava apenas R$ 3. A reação de Ana e Raquel repetindo o valor virou um meme divertidíssimo na web e no quadro “Isso a Globo Não Mostra” do “Fantástico”. No entanto, academias, shoppings, lanchonetes, empresas multinacionais e até motéis pegaram as imagens da artesã sem qualquer notificação e usaram em propagandas — algumas com conteúdo bem duvidoso.

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“Comecei a ficar preocupada, aí vi minha imagem em propaganda de motel. Achei bagunça demais”, reclamou Raquel em entrevista para o site Uol. Ela contratou as advogadas Cristina Gomes da Luz e Luiza Helena Costa de Oliveira para processar 100 dessas empresas na Vara Cível do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro). O imbróglio judicial corre em segredo por um pedido da própria artesã.

“Violaram a imagem, utilizam o rosto, a voz, adulteraram as falas tanto dela quanto da Ana Furtado. Foi devastador no sentido de achincalhar a imagem dela, porque há empresas das quais ela nem sabia, como motéis”, alegou Cristina, antes de adiantar que o número de empresas pode subir a qualquer momento.

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A ação judicial pede a exclusão imediata de todas as publicações indevidas no prazo máximo de 72 horas, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00, além de indenização por dano moral (por associar a imagem da artesã a produtos sem autorização) e material (pelo trabalho de influenciadora). Todas as ações, somadas, custarão R$ 8,96 milhões de reais às empresas. Eita!