Histórias que deixam nosso dia melhor! Nessa última semana, a enfermeira Loreta Toffano ganhou ajuda de muitos internautas, que se uniram em uma campanha super especial nas redes sociais, solicitando que a empresa Marilan não deixasse de produzir os biscoitos com formato de coração no meio.
O motivo? Marco Antônio Lacerda Magalhães, de 9 anos. Em suas publicações, Loreta fez um apelo à marca de Marília, São Paulo, explicando que o filho autista sofre de seletividade alimentar, e as tais bolachas de leite e nata eram as únicas que o menino comia.
A movimentação na web começou na última sexta (5), quando a enfermeira foi até o mercado e percebeu que um novo formato do produto tinha tomado as prateleiras. “Mesmo assim eu comprei para tentar, mas ele tem todo um ritual, como é comum para a criança autista. Ele pega o biscoito, olha bem, faz uma inspeção visual, cheira, aí quebra bem no meio do coração. Se quebrar torto, ou se tiver um trincadinho, ele não come. Ele pegou o biscoito no formato novo, olhou, cheirou e deixou de lado”, contou a mãe em entrevista ao G1.
Ela avisou ainda que o menino chorava por não ter o biscoito e entrava em crise. “Marco come só esse biscoito desde os dois anos de idade. Parece besteira para muitas pessoas, mas só quem convive sabe o quão complexo é trabalhar essas questões”, escreveu Toffano em seu Instagram.
https://www.instagram.com/p/CBMAcyNBAYz/
Como a internet é poderosa, a campanha foi vista pela empresa, que mesmo não conseguindo manter as bolachas de coração na linha de produtos, garantiu que as enviaria à família de forma gratuita até o final do ano, para que “Marco Antônio continuasse recebendo o biscoito que tanto ama”. Para comprar os pacotes, Loreta gastava cerca de R$ 150 por mês. Além disso, segundo o G1, serão encaminhados outros modelos para que o menino possa experimentar e fazer a transição.
De acordo com Loreta, Marco foi diagnosticado com autismo severo quando tinha 1 ano e 11 meses. Desde então, tem feito terapia e hoje, aos nove anos de idade, o diagnóstico passou para “moderado”, passando a se comunicar e até mesmo aprendendo outras línguas, como inglês e espanhol. Entretanto, algumas questões ainda precisam ser trabalhadas, como por exemplo, a alimentícia. “O biscoito é a companhia dele. Então na praia, estávamos em Cabo Frio, com o potinho de biscoito do lado. Ele está no pula-pula, e o biscoito do lado. É o companheiro de cada dia, tipo o nosso pão”, declarou a mãe por fim.