Hugo Gloss

Jovem pede sushi por aplicativo e se choca ao descobrir que comida foi para delegacia após motoboy ser preso, em SP

Entrega Sushi Policia

O entregador do pedido de sushi foi preso enquanto saía para levar o pedido. (Fotos: Rowan Freeman on Unsplash; Reprodução/Twitter)

Pense num desvio de rota de cair o queixo? Uma estudante de Ribeirão Preto (SP) passou por uma situação um tanto inusitada na última terça-feira (5). Lívia Catarina Cerqueira Reschiliani havia pedido o jantar através de um aplicativo de entrega de comida… mas foi surpreendida ao descobrir que seu sushi tinha ido parar na polícia! Oi? A história viralizou e ela falou sobre o caso nesta quinta-feira (7), ao g1.

Lívia estranhou o atraso da entrega e questionou o que havia acontecido. Foi quando veio a resposta mais inusitada possível. “O motoqueiro que tava levando seu pedido foi parado e acabou indo preso, ainda não sabemos o porquê. A gente pode mandar fazer outro rapidinho e mandar pra aí”, explicou o estabelecimento. A jovem publicou os prints da conversa no Twitter e o relato bombou na web, recebendo mais de 300 mil curtidas.

No fim, ela se deu conta que já era… o pedido foi com Deus. “Gente do céu, o Brasil é pra poucos”, escreveu ela que, na sequência, postou um print do destino da comida. “Seu pedido foi junto pra delegacia”, contou o restaurante. “Só queria comer”, concluiu a jovem. Olha só:

Como tudo aconteceu?

Em entrevista ao g1, Lívia contou que escolheu o pedido normalmente, mas resolveu contatar o restaurante após 10 minutos de atraso na previsão da entrega. “Eu mandei mensagem e falaram que já estava chegando. Depois de mais uns 20 minutos, a moça me falou que o cara tinha sido parado e que tinha sido preso”, recordou a jovem. A princípio, a estudante de pedagogia suspeitou que aquilo fosse algum tipo de golpe.

“Eu tenho uma amiga que já caiu em um golpe de falarem que o motoboy tinha sofrido um acidente, e aí eles levaram uma maquininha para pagar uma taxa e ela passou de R$ 2 mil. A minha primeira reação foi medo de ser golpe. Aí eu perguntei se estava tudo bem e eles me falaram que iam mandar um pedido, que já iam fazer outro e iam mandar. Eu fiquei mais tranquila”, lembrou.

Posteriormente, o restaurante mandou seu pedido, e um outro entregador deu detalhes do caso. “O motoboy que veio falou que parece que tinha sido por pensão. Muita gente estava achando que era por droga, mas não, parece que foi pensão. Mas ninguém me confirmou nada, ficou meio por cima assim”, disse ela.

Pediria de novo?

Lívia disse ter levado um susto enorme com a grande repercussão do caso. No entanto, também veio o receio de que o restaurante se incomodasse com isso. “Eu postei ontem à noite, achando que ia ser só para os meus amigos, porque eu sigo pouca gente no Twitter. Nunca imaginei a repercussão. Eu achei engraçado. Fiquei com um pouco de medo de o restaurante não gostar. Eu até postei que a comida foi boa. Eu achei que o restaurante foi supercompetente em tudo”, afirmou ela.

Posteriormente, na noite da confusão, a estudante postou foto já com seu pedido em mãos. E se ela voltaria a comer lá novamente? A resposta é sim. “Eu achei supergostosa a comida. Eles foram solícitos quando eu precisei ali”, contou.

Restaurante e autoridades falam do caso

Procurado pela reportagem, o restaurante explicou que, na verdade, o homem preso trabalhava como sushiman, mas que devido à alta demanda daquele dia, ele teve de sair para fazer entregas. Segundo o estabelecimento, a prisão realmente se deu por conta da falta de pagamento de pensão alimentícia. Eles ainda disseram que não sabiam sobre o mandado da Justiça contra o funcionário.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) também se manifestou sobre o caso. O órgão informou que a prisão se deu durante uma fiscalização de trânsito da Polícia Militar, no bairro Vila Seixas. Os policiais identificaram que havia um mandado no nome do sushiman, de 30 anos de idade. “Após buscas em sistema viram que o homem tinha mandado de prisão em seu nome. O preso foi encaminhado à cadeia pública de Santa Rosa de Viterbo, onde ficou à disposição da Justiça”, declarou a SSP em nota.

Sair da versão mobile