Eduardo Costa teve um último ano cheio de altos e baixos. Em entrevista ao UOL, o cantor relembrou a briga pública com Fernanda Lima que lhe rendeu um processo judicial, falou sobre sua vida amorosa e admitiu que, apesar de sua opinião não ter mudado, o apoio ao presidente Jair Bolsonaro lhe deu um prejuízo milionário.
Para o jornalista Leo Dias, Eduardo contou que seu número de shows chegou a cair quase pela metade. “Não [errei] com o Bolsonaro até agora, não. [Minha declaração] foi 100% positiva pra mim, como pessoa, mas na minha carreira… eu perdi muito show”, confessou o sertanejo. “Eu tomei um prejuízo com o Bolsonaro de quase 5 milhões de reais, só por aquelas coisas que eu falei. Eu fazia mais ou menos 145, 150 shows por ano, eu fiz 90.”
Por falar em dinheiro, o cantor pode ter que pagar até 200 mil reais de indenização à apresentadora Fernanda Lima após processo judicial movido por ela. Na época, Eduardo fez um comentário chamando-a de “imbecil” e dizendo que “o Brasil vai sabotar a senhora se Deus quiser”.
Para o Leo Dias, ele tentou explicar o ocorrido. “Eu acho que todos nós temos nossas ideias, mas a partir do momento que você começa a pregar feminismo, machismo, aí sim você começa a dividir”, afirmou Costa. “Mulher começa a se achar independente e, na verdade, nós não somos independentes de nada. Eu não sou independente de nada. Nós somos, principalmente, dependentes de amor. Nós temos que ter alguém pra amar a gente. Uma pessoa jogada pra lá sem amor é muito triste”, esboçou.
“Eu achava que a Fernanda montava muito um kit de pessoas e empoderamento… E aí, naquele momento, eu tava com os nervos a flor da pele, fui e escrevi. Não foi pra ela, mas escrevi num site que estava falando dela, que ela era uma imbecil”, disse o cantor, acrescentando respeitar muito a apresentadora.
“Outra coisa, a Fernanda Lima, como mulher, eu respeito pra caramba. Aquele negócio me deixou muito chateado porque eu sou um fã do marido da Fernanda Lima, eu sou apaixonado nele. Eu levava vídeos dele pra mostrar que esse é um homem. O cara é um fenômeno, o cara é lindo, o cara é bom pai de família, o cara é trabalhador”, prosseguiu, fazendo referência a Rodrigo Hilbert. “Eu gosto da Fernanda Lima também, sempre achei uma mulher muito bonita. O fato de eu não ter gostado daquilo, não significa que eu não gosto de outras coisas dela”, concluiu.
Apesar disso, ele comemorou o fato de acreditar que a Rede Globo, emissora que exibe o programa “Amor e Sexo”, apresentado por Lima, não “manipula” mais ninguém. “Só que hoje, graças a Deus, a Rede Globo não manipula mais ninguém. A Rede Globo não tem poder de manipulação nem com o peão que trabalha na minha fazenda. Sabe como eu descobri isso? Eu cheguei semana passada, ele tava cuidando de um cavalo e tava passando o Jornal Hoje e ele virou e disse ‘essa notícia é falsa, ó a notícia verdadeira aqui, ó’, apontando por celular”, contou o sertanejo.
Na entrevista, Costa ainda negou que seja homofóbico. “Se eu tiver um filho homossexual, você acha que eu vou ligar? Eu não. É ruim, é triste? Claro que não. A parte triste é se esse filho meu levantar bandeira e sair por aí falando que todo mundo tem que virar viado”, declarou Eduardo. “Se o meu filho é viado só ele, tem uma boa postura, se veste bem, não fica aquele viado afeminado e cheio de trejeitos, tem o namorado dele lá, faz as coisas sexuais dele lá, mas, no cotidiano, ele é um homem que paga suas contas em dia, cumpre com as suas obrigações, é um cara sério… meu filho é viado, mas ele é mais macho do que um monte que tem por aí. O que eu cobro de qualquer ser humano, sendo viado ou não, é postura.”
Por fim, o cantor de 39 anos falou sobre seus anos de ‘mulherengo’, quando era “obcecado por sexo” e disse que hoje em dia não trai mais. “Eu comecei a fazer sexo com 25 [anos], fui pai com 26. Nessa época, eu era obcecado por sexo. Era vício. Era quantas mulheres por dia, não era quantas vezes com a mesma mulher. Eu queria volume”, confessou ele. “Já aconteceu 10 [mulheres em um dia]. Eu me arrependo profundamente porque eu comecei a ver que a minha espiritualidade estava abaixando. Eu estava ficando com meu espírito baixo, energia indo pro saco.”
Confira a entrevista completa abaixo: