Oito meses após a perda de Gal Costa, uma reportagem do “Domingo Espetacular” de ontem (16) finalmente revelou a causa de sua morte. A princípio, os fãs acreditavam que Gal tinha sofrido sequelas de uma cirurgia para a retirada de um nódulo na fossa nasal direita.
A certidão de óbito estava sob sigilo da família da cantora porque sua viúva, a empresária Wilma Petrillo, recusava-se a revelar o que havia ocorrido. Segundo os boletins médicos exibidos no programa, a veterana da música brasileira morreu em casa devido a um infarto agudo do miocárdio, ou seja, um ataque cardíaco e neoplasia maligna de cabeça e pescoço. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) explica que a neoplasia é um tumor que ocorre devido ao crescimento anormal do número de células, podendo ser benigno ou maligno.
A divulgação do documento surgiu pouco depois de uma polêmica envolvendo Petrillo vir à tona. Uma reportagem da revista Piauí, que circulou no início do mês, trouxe pessoas próximas ao ícone da MPB fazendo sérias acusações contra Wilma, entre elas a de ciúmes obsessivo, altercações físicas com a artista, bem como um relacionamento tóxico, com discussões e xingamentos, e problemas financeiros até mesmo com a Receita Federal dos EUA. Leia a matéria bombástica, clicando aqui.
Em vista das denúncias, a jornalista Hildegard Angel, filha da falecida estilista Zuzu Angel, começou um movimento em prol de uma exumação do corpo de Gal. Nas redes sociais, Hildegard apontou que após as alegações sobre relacionamento entre Gal e Wilma, que estiveram juntas por 30 anos, seria preciso investigar as reais causas da morte da cantora.
“Dadas as recentes revelações, os fãs de Gal Costa pedem ao Ministério Público uma autópsia já. O mal súbito da cantora não nos convence”, escreveu ela, em foto divulgada no Instagram. Na legenda, a jornalista reforçou: “A partir das revelações recentes, admiradores de Gal Costa adquirem uma consciência súbita de que a ‘causa mortis’ da cantora não nos convence. Queremos uma resposta clara”.
“Já que há desconfianças sobre as pessoas que cercam Gal Costa, acho que é adequado que seja realizada uma autópsia para saber a causa da morte. Ela é uma personalidade nacional e internacional, e não há nenhuma afirmação assertiva sobre o que causou a sua morte. É uma obrigação não só cultural, mas histórica nos dizer efetivamente do que ela morreu”, declarou Angel à colunista Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo.
A jornalista questionou: “Os grandes lutos da história, passam-se séculos e a ciência vai atrás de conseguir um DNA, de descobrir a causa mortis. Por que não a Gal Costa? Por que o nosso Ministério Público não se preocupa com isso? Justamente para que não sejam cometidas injustiças, é importante ter uma análise científica do motivo da morte da Gal. Até porque ela tem um filho”.
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