Gusttavo Lima se pronunciou após ter sua prisão decretada nesta segunda-feira (23). A decisão foi proferida pela juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, como parte da Operação Integration, a mesma que também resultou na detenção da influenciadora e advogada Deolane Bezerra.
Em contato com o jornalista Leo Dias, o sertanejo afirmou estar em sua casa em Miami, nos Estados Unidos, e aguardando as próximas etapas da investigação. “Eu já sabia da decisão, já tinha falado com a equipe dele… Ele me ligou, eu estava muito mal, comecei a chorar”, contou Dias.
Lima, no entanto, se mostrou confiante de que não tem nada a temer. “Ele falou: ‘Calma, tenha calma. Eu não fiz nada contra ninguém, eu estou muito certo de que estou colaborando muito com a Justiça, eu abri minha casa, minha produtora, está tudo aberto aberto para eles verem que eu não devo nada ninguém. Fale para os meus fãs terem calma'”, completou o jornalista.
Imagino Silvio Santos acordando pela manhã em seus aposentos celestiais e escrevendo o roteiro da tarde para o SBT e o #Fofocalizando… descrevendo cada fala de Léo Dias… as reações do Cartolano, Cariucha e Gaby Cabrini
— yurao.com (@yuraopontocom.bsky.social) September 23, 2024 at 6:01 PM
Em nota divulgada pelo Splash News, a defesa do artista discordou com a decisão e afirmou que medidas cabíveis estão sendo adotadas. Leia o posicionamento na íntegra:
“A defesa do cantor Gusttavo Lima recebeu na tarde desta segunda-feira (23/09), por meio da mídia, a decisão da Juíza Dra. Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal de Recife/PE, que decretou a prisão preventiva do cantor e de outras pessoas e, esclarece que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas.
Ressaltamos que é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais.
A inocência do artista será devidamente demonstrada, pois acreditamos na justiça brasileira. O cantor Gusttavo Lima jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana.
Por fim, esclarecemos que os autos tramitam em segredo de justiça e que qualquer violação ao referido instituto será objeto e reparação e responsabilização aos infratores”.
Prisão preventiva
A notícia sobre a prisão repercutiu após uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo. Embora o processo esteja sob sigilo, a Folha teve acesso à decisão. A juíza atendeu ao pedido da Polícia Civil de Pernambuco e rejeitou os argumentos do Ministério Público, que na sexta-feira (20) havia solicitado a substituição das prisões preventivas por medidas cautelares alternativas.
Um dos fundamentos que justificaram o pedido de prisão preventiva do foi que, de acordo com a juíza, ele teria oferecido “abrigo a foragidos”. “É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, escreveu a juíza.
A magistrada ainda apontou que na volta de uma viagem à Grécia, a aeronave em que Gusttavo e outros dois investigados estavam podem ter deixado os três no exterior. “Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha”, analisou.
“Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, concluiu.