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Kim Kardashian se abre sobre insegurança com o corpo após gravidez e comenta polêmica de apropriação cultural: “Machucou minha alma”

Kim Kardashian (Foto: Jamie McCarthy/Getty Images)

Nos últimos dias, Kim Kardashian tem sido centro de algumas polêmicas. Uma das mais recentes foi o caso da sua marca “Kimono”, de roupas modeladoras. Acusada de apropriação cultural, a empresária resolveu alterar o nome da nova linha. E em entrevista à edição online da WSJ. Magazine, ela abordou como foi essa decisão após tantas críticas, e tocou num assunto bastante complicado para si mesma: a insegurança com o corpo após a gravidez.

Segundo Kim, a gravidez acabou abalando muito sua auto-confiança. “Aquilo realmente mudou minha segurança. Isso machucou minha alma por um pouco”, declarou. Ela, que é mãe de quatro crianças, deu à luz apenas à duas delas: North e Saint West, seus dois primeiros filhos, optando por uma barriga de aluguel com os mais novos, Chicago e Psalm.

Ainda assim, as marcas dessas duas vezes em que esteve grávida a afetaram bastante: “Mudou meu corpo, minha pele. [Fui] fotografada de todos os ângulos. Tudo que tenho que fazer é digitar Kim e Shamu”, disse ela, fazendo referência à famosa orca do parque “Sea World”.

Quanto à polêmica da apropriação cultural, Kim admitiu que não pensaram nisso ao nomear a empresa de “Kimono”. “Sou a primeira pessoa a dizer, ‘Ok, claro, eu não acredito que nós não pensamos nisso’. Eu obviamente tinha intenções realmente inocentes”, comentou. E de acordo com ela, por todo respeito à cultura japonesa, ela optou por ouvir as reclamações: “E eu quero realmente ouvir… Eu amo o Japão. Meu marido estava no Japão quando tudo isso estava acontecendo. É um lugar que eu amo e vou. Eu tenho tanto respeito”.

Agora com a decisão de alterar o nome da nova marca, Kim disse que estão decidindo qual será a melhor coisa a se fazer. “Estamos solucionando tudo isso agora”, contou a socialite. “Eu percebo, no entanto, que deve ter mais olhos em mim e na minha marca”, adicionou. E com essa atenção ainda maior depois do que aconteceu, ela pretende “aprender” e “crescer”.

“E então, eu tenho que abstrair, realmente aprender, realmente crescer e perceber que talvez exista um padrão diferente. Me sinto detida em um padrão mais alto? Vou assumir a responsabilidade por isso e fazer a coisa certa”, acrescentou Kim. Bem decidida e confiante, né?!

Entenda o caso

Como falamos aqui, ao registrar sua nova marca sob o nome de “Kimono”, a empresária acabou causando várias críticas a si mesma. Para alguns, o nome da linha foi ofensivo e seguidores alegaram que ela estaria fazendo uma apropriação cultural nesses produtos.

Muitas mulheres asiáticas acabaram não gostando do nome ao qual Kim atribuiu a sua linha. Com a hasthag #KimOhNo, vários perfis se manifestaram, acusando-a de ter se apropriado dessa cultura em prol dos seus lucros. “Minha cultura não é seu gerador de nome de marca”, reclamou uma seguidora no Twitter.

Outra jovem criticou o fato de ninguém ter dado um toque de que isso poderia ser visto de forma negativa, ou mesmo como algo desrespeitoso. “Uau, Kim, obrigado por estragar a cultura japonesa!!! Minha cultura não é seu brinquedinho. Você não tem nenhum respeito por pessoas que não são sua família, tem? Nesses 15 anos desenvolvendo o projeto, não deu pra encontrar um conselheiro cultural?“, rebateu a seguidora.

Depois das acusações, Kim resolveu se pronunciar sobre o assunto. Em entrevista ao The New York Times, ela explicou que a escolha foi inspirada em seu primeiro nome, semelhante à sua linha Kimoji. Em sua declaração, ela afirmou: “Eu tomei a decisão de nomear minha empresa Kimono, não para desassociar a palavra de suas raízes japonesas, mas como um aceno para a beleza e os detalhes que entram em uma peça de roupa”.

“Eu entendo e tenho profundo respeito pelo significado de ‘kimono’ na cultura japonesa”, explicou a estrela de 38 anos. “Minha marca de roupas modeladoras é construída com inclusão e diversidade em sua essência e estou incrivelmente orgulhosa do que está por vir”, acrescentou.

No entanto, Kim insistiu que, apesar do nome, ela não pretende “projetar ou lançar qualquer peça de vestuário que de alguma forma se assemelhe ou desonre a roupa tradicional”. A beldade também afirmou que sua decisão de registrar o nome não “impede ou restringe ninguém, neste caso, de fazer quimonos ou usar a palavra kimono em referência à roupa tradicional”. A nova coleção de roupa íntima incluirá sutiãs, bodies, cuecas e shorts.

Contudo, a coisa ficou particularmente séria quando o prefeito da cidade japonesa de Quioto, Daisaku Kadokawa, publicou uma carta aberta à socialite. No texto, ele afirma que quimonos são parte de sua rica tradição e “simbolizam verdadeiramente o senso de beleza, o espírito e os valores do Japão e de seu povo”. Para completar, Kadokawa pediu para a estrela reconsiderar o nome de sua marca e a convidou para visitar Quioto e conhecer a cultura japonesa.

Já no início de junho, Kim resolveu se manifestar mais uma vez sobre o assunto — desta vez, com a notícia boa para quem foi contra o nome de sua marca! “Ser uma empresária e a minha própria chefe tem sido um dos desafios mais recompensadores com os quais eu fui abençoada na minha vida. O que tornou isso possível para mim, após todos esses anos, tem sido a direta linha de comunicação [que tenho] com os meus fãs e com o público. Estou sempre ouvindo, aprendendo e amadurecendo — aprecio muito a paixão e variedade de perspectivas que as pessoas me trazem”, disse em suas redes sociais.

A socialite ainda esclareceu que nunca foi seu propósito ofender o público: “Quando eu anunciei o nome da minha linha de roupas modeladoras, na minha cabeça, eu o fiz com as melhores intenções. Minhas marcas e produtos são construídos com inclusão e diversidade em sua essência, e após uma cuidadosa consideração, eu lançarei a minha linha com outro nome. Entrarei em contato em breve”. No final, ela ainda agradeceu pela “compreensão e apoio de sempre” dos fãs.

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