Livre!? Ex-gravadora afirma que Taylor Swift está liberada para cantar músicas antigas no “AMAs”; Mas e especial da Netflix?

Será que a história chegou ao fim? Após a Big Machine publicar um comunicado oficial sobre o uso de suas músicas antigas por Taylor Swift, um executivo da gravadora esclareceu alguns pontos que não haviam ficado claros a princípio.

Para o TMZ, o empresário confirmou que “Taylor Swift pode performar 100% de todo o seu catálogo, passado e presente, no American Music Awards”. Ele ainda acrescentou que a Big Machine não tem problemas com a apresentação ao vivo e reconhece que não tem o direito de impedi-la.

“Nossa confusão com o comunicado dela é que nós não temos nenhum direito legal de impedir isso e nunca tentamos. Ela e o time dela sabem disso”, completou o executivo. “Nós estamos animados por todo os fãs agora que a confusão foi esclarecida, e damos as boas-vindas para Taylor apresentar todos os seus hits no AMA”.

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Por outro lado, o empresário não fez nenhuma menção ao documentário que Taylor Swift anunciou que a Netflix estava fazendo sobre a vida dela nos últimos anos. “Scott e Scooter recusaram o uso de minhas músicas ou performances antigas para esse projeto, mesmo que não haja menção de qualquer um deles ou da Big Machine Records em nenhum momento do filme”, lamentou a estrela em seu comunicado.

As alegações dele ao TMZ também não desmentem o relato da cantora. Quase ao mesmo tempo em que a notícia foi divulgada pela Big Machine, a revista “Variety” obteve acesso a documentos que comprovam a versão de Swift sobre ter sido negada suas próprias músicas.

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A porta-voz de Taylor, Tree Paine, deu mais detalhes sobre as informações que a diva e sua equipe receberam: “A verdade é que no dia 28 de outubro de 2019 às 17h17, o vice-presidente e empresário de direitos e negócios do grupo Big Machine mandou ao time de Taylor Swift o seguinte:

‘Por favor, fique comunicada que o BMLG não vai concordar em liberar licenças para gravações existentes ou renunciar suas restrições de regravação para os dois projetos: O documentário da Netflix e o evento ‘Alibaba Double Eleven’ [no qual a Taylor se apresentou na China semana passada]’.”

https://www.instagram.com/p/B4ul_NlDrBV/

A representante então explicou que, “para evitar uma briga sobre direitos, Taylor apresentou apenas três músicas de seu novo álbum, ‘Lover’, no Double Eleven já que estava claro que o grupo Big Machine sentia que qualquer performance televisionada de seu catálogo violava o acordo”.

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Por fim, Tree Paine entrou no assunto da premiação. “Além disso, ontem, o presidente e fundador da Big Machine, Scott Borchetta, negou categoricamente o pedido tanto para o AMA quanto para a Netflix”, afirmou ela.

A porta-voz foi além e disse que não era Taylor quem devia dinheiro para a gravadora. “A Big Machine está tentando desviar a atenção e tornar isso sobre o dinheiro que ela deve a eles mas um auditor independente e profissional determinou que a gravadora deve 7,9 milhões de dólares a Taylor por royalties não pagos ao longo dos anos”, concluiu.

Scooter Braun e Scott Borchetta acabaram comprando uma nova briga com Taylor Swift (Fotos: Getty)

O que fica entendido disso é que Taylor pode, sim, cantar suas músicas antigas no American Music Awards, porém se a gravação do programa contar como regravação do conteúdo, ela ainda pode ter problemas contratuais com sua ex-gravadora. Além disso, ainda é possível que a Big Machine exija que a performance seja exibida apenas uma vez e o vídeo não seja publicado nas redes sociais.

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Relembre o caso

Na noite dessa quinta-feira (14), Taylor Swift desabafou que Scott Borhetta e Scooter Braun a proibiram de apresentar um medley com seus grandes hits no “American Music Awards 2019”, no qual ela será agraciada com o prêmio de “Artista da Década”. Além disso, eles também não teriam permitido o uso de músicas e performances antigas dela em seu novo documentário da Netflix.

Confira o desabafo completo:

“Gente – foi anunciado recentemente que o American Music Awards vai me honrar com o prêmio ‘Artista da Década’ na cerimônia deste ano. Eu estava planejando apresentar um medley dos meus hits durante a década na premiação. Scott Borchetta e Scooter Braun acabaram de me dizer que eu não posso apresentar minhas músicas antigas na televisão porque eles dizem que isso seria regravar minhas músicas antes de eu ser permitida no ano que vem.

Além disso – e esse não é o jeito que eu planejava dar a notícia pra vocês – a Netflix criou um documentário sobre a minha vida nos últimos anos. Scott e Scooter declinar o uso de minhas músicas ou performances antigas para esse projeto, mesmo que não haja menção de qualquer um deles ou da Big Machine Records em nenhum momento do filme.

Scott Borchetta contou ao meu time que eles apenas vão me deixar usar a minha música se eu fizer uma das duas coisas: concordar em não regravar as novas versões das músicas no ano que vem (o que é algo que eu posso fazer legalmente e estava esperando ansiosamente para fazer) e também disse ao meu time que eu precisaria parar de falar sobre ele e o Scooter Braun.

Eu sinto fortemente que dividir o que está acontecendo comigo poderia mudar o nível de atenção para outros artistas e potencialmente ajudá-los a evitar um destino parecido. A mensagem sendo enviada para mim é muito clara. Basicamente, seja uma boa garotinha e cale a boca, ou você será punida.

Isso é ERRADO. Nenhum desses homens teve uma mão em criar essas músicas. Eles não fizeram nada para criar a relação que eu tenho com os meus fãs. Então é aqui que eu estou pedindo pela sua ajuda.

Por favor, deixem o Scott Borchetta e o Scooter Braun saberem como vocês se sentem sobre isso. Scooter também agencia vários artistas que eu acredito que se importam com outros artistas e seus trabalhos. Por favor, peçam a eles para ajudarem com isso – eu estou esperando que, talvez, a gente possa dar algum sentido para esses homens que estão exercendo um controle tirânico sobre alguém que apenas quer tocar as músicas que escreveu. Eu estou especialmente pedindo ajuda para o The Carlyle Group, que levantou o dinheiro para a venda da minha música para esses dois homens.

Eu apenas quero poder apresentar MINHA PRÓPRIA música. É isso. Eu tentei resolver isso de forma privada através do meu time, mas não consegui solucionar nada. No momento, minha performance no AMA, o documentário da Netflix e qualquer outros eventos gravados que eu estivesse planejando fazer até novembro de 2020 são um ponto de interrogação. Eu amo vocês e achei que vocês deveriam saber o que está acontecendo.”

Na manhã desta sexta (16), a gravadora emitiu que um comunicado dizendo que “não poderia impedir” a cantora de fazer o que quisesse e afirmando que ela deveria dinheiro e ativos para a Big Machine. Leia:

“Como parceiro da Taylor Swift por mais de uma década, nós ficamos chocados em ver as declarações dela no Tumblr ontem baseadas em informações falsas. Em nenhum ponto nós dissemos que a Taylor não poderia se apresentar no AMAs ou bloqueamos o especial dela na Netflix. Na verdade, nós não temos o direito de impedi-la de se apresentar em qualquer lugar. Desde a decisão da Taylor em sair da Big Machine no último outono, nós continuamos a honrar todos os seus pedidos para licenciar seu catálogo para terceiras pessoas enquanto ela promove seu atual disco, em que nós não participamos financeiramente.

A verdade é que a Taylor admitiu dever milhões de dólares e vários ativos contratualmente para a nossa companhia, que é responsável por 120 funcionários trabalhadores que ajudaram a construir a carreira dela. Nós trabalhamos diligentemente para ter uma conversa sobre esses assuntos com a Taylor e o time dela para produtivamente seguir em frente. Nós começamos a ver progresso nas últimas duas semanas e estávamos otimistas tão recentemente quanto ontem que isso seria resolvido. Entretanto, apesar dos nossos persistentes esforços para encontrar uma solução privada e mutuamente satisfatória, Taylor fez uma decisão unilateral noite passada para juntar sua base de fãs de uma maneira calculista que afeta grandemente a segurança de nossos funcionários e suas famílias.

Taylor, a narrativa que você criou não existe. Tudo o que nós pedimos é uma conversa direta e honesta. Quando isso acontecer, você vai ver que não há nada além de respeito, bondade e apoio esperando por você do outro lado. Até esta data, nenhum dos convites para falar com a gente e trabalhar isso foi aceito. Rumores alimentam a ausência de comunicação. Não vamos deixar isso continuar. Nós dividimos o objetivo coletivo de dar nossos fãs o entretenimento que eles querem e merecem.”