Tonico Pereira é uma figura reconhecida pela maioria dos brasileiros. Seja como o Mendonça de “A Grande Família” ou Zé Carneiro no “Sítio do Pica Pau Amarelo” original, seu rosto é familiar para muitos de nós. Apesar de mais de 50 anos de carreira consolidada, o ator revelou para o jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (2) que está passando por dificuldades financeiras. Ele ainda contou como está lidando com o desafio.
O mais novo filme de Tonico, “O Velho Fusca”, dirigido por Emiliano Ruschel e que deve ser lançado no primeiro semestre do próximo ano, acabou de ser gravado na quarta-feira (31). O longa – que gira em torno de um modelo do antigo carro que será restaurado -, de certa maneira, imita a vida pessoal do artista. Para lidar com os próprios problemas financeiros, Pereira teve que vender cinco de seus automóveis antigos. “Estou praticamente falido“, admitiu.
Além da venda das relíquias, Tonico também teve que poupar dinheiro em outro aspecto de sua vida: a sua prótese peniana. O artista se viu obrigado a adiar a troca da peça. Em entrevista para a mesma publicação em março de 2021, o idoso de 74 anos já havia falado sobre o tema. Na ocasião, ele revelou que teve que retirar uma prótese que colocou por conta da diabetes, e que, naquela altura, utilizava uma mediana – mas que já tinha outra em vista. Na época, ele afirmou que o médico cobrou R$ 25 mil pela operação (sem contar internação e o valor da prótese).
Agora, o ator explica sua decisão de postergar a nova cirurgia: “A internação é caríssima“. Ele também admite ser “a própria comorbidade em pessoa“, já que costuma ir com frequência a consultórios médicos e hospitais. Tonico já teve quatro cânceres na bexiga, além de ser portador da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e já ter tido diverticulites e várias pneumonias.
Os problemas financeiros não são novidade em sua vida. Em 2016, ele havia hipotecado a sua casa para tentar pagar uma dívida de R$ 700 mil. “Sou expert em falência”, brincou em conversa com a revista Quem na época. No passado, ele também empreendeu como dono de peixaria, botequim, livraria, loja de automóveis e de parafusos – e, atualmente, investe em um brechó no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro.
Apesar da iniciativa, Pereira confessa que a loja “não está dando lucro“. E explica: “Somos vítimas dessa situação, que é pandêmica e govenamental“. “Os proprietários aumentaram o aluguel, é uma loucura isso, não tem solidariedade nenhuma“, observou.
Apesar dos desgastes com a sua saúde e com o bolso, no entanto, Pereira continua trabalhando assiduamente. “Eu não sei de onde vem essa minha energia para entrar em palco. Às vezes estou doente, entro em palco e me curo durante o espetáculo“, revelou. Recentemente, o artista voltou aos palcos com uma nova temporada do monólogo “O Julgamento de Sócrates”, na capital fluminense.
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