Um vídeo flagrou um garoto de 4 anos sendo amarrado a uma cadeira com um pano, por uma funcionária do Colégio Criativa, creche em São Paulo. Segundo o UOL neste sábado (30), a mãe do menino disse ter testemunhado comportamentos fora do padrão na criança, que passou a não querer mais ir para a creche. O caso ocorreu no final de outubro, mas só foi divulgado agora.
O menino tinha pesadelos e, dormindo, gritou “sai, tia“, como relatou a mãe. Segundo o boletim de ocorrência, registrado na quarta-feira (27), o pequeno contou que ficava de castigo no intervalo. A situação começou após ele ter trocado de professora e foi sugerido que a criança voltasse para a professora antiga, de quem não se queixava.
De acordo com a funcionária, o castigo se chamava “cadeirão”, no qual as crianças ficam quando estão agitadas. A mãe teria confrontado a creche mais de uma vez. No início, segundo ela, o comportamento do menino melhorou, mas voltou a ficar diferente um tempo depois. O colégio afirma não ter imagens de câmeras de segurança.
Assista:
A funcionária foi demitida da instituição por justa causa, segundo nota publicada nas redes sociais. O colégio apontou que “não compactua com atitudes que não estejam alinhadas aos valores e educacionais que norteiam a instituição“, e se colocou à disposição para esclarecer os fatos.
Confira na íntegra:
A mãe confirmou a situação após receber uma mensagem anônima pelo Instagram, de uma pessoa que afirmou ser funcionária da escola e denunciou os maus tratos que o menino vinha sofrendo. Ela ainda enviou um vídeo junto.
Representando a mãe da criança, a advogada Dayane Carvalho se pronunciou. “Já foram tomadas as medidas judiciais necessárias para garantir que a justiça seja feita. Acredito que o vídeo, por si só, já demonstra de forma clara e incontestável a crueldade da situação, o que reforça a necessidade de uma ação rápida e eficaz por parte do sistema judicial. Espero que a justiça seja aplicada de forma plena e que todos os responsáveis sejam devidamente punidos“, afirmou.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse, em nota, que “as partes envolvidas serão intimadas a prestar depoimento e a equipe da unidade realizará outras diligências visando o esclarecimento dos fatos“.