Eita! Seis meses após a morte de Paulinha Abelha, a família da cantora tem vivido um clima tenso por conta de seu patrimônio… Andrea Abelha, irmã da artista, quer que Clevinho Santana, viúvo de Paulinha, deixe a casa em que morava com a ex-vocalista do Calcinha Preta para poder ficar lá e cuidar do pai delas. Já nesta segunda-feira (29), o cantor se pronunciou sobre o caso e acusou as ex-cunhadas de só se preocuparem com o sogro por conta de um interesse da herança.
A história ganhou um destaque no último final de semana, quando Andrea gravou um vídeo explicando esse desejo de sua família de ir para a casa de Paulinha e Clevinho. Ela afirma que não há condições de cuidar do pai, Gilson Abelha, que sofre de Alzheimer, na cidade em que mora no interior do Sergipe. “Aqui em Simão Dias não tem recursos para ‘painho’. A gente quer ir para a casa. Ele [Clevinho] sair de lá e a gente ir para a casa”, diz ela num vídeo divulgado nos Stories do Instagram.
“É só pra esclarecer pra vocês. Isso não está acontecendo. O que sempre quisemos foi a gente ficar com o nosso pai, que quem cuida são os profissionais de saúde, lá na casa. Porque meu pai não tem recursos aqui em Simão Dias. O que Cleverton falou é tudo mentira”, declarou Andrea. Ela ainda expôs um áudio no qual Clevinho parecia concordar com a proposta. “Já está tudo certo, os documentos serão feitos. Vocês vão pegar o dinheiro de vocês e vão vir morar aqui, eu vou sair daqui e a casa vai ficar como está”, afirma ele no áudio.
Clevinho rebate acusações
Em meio ao bafafá, Clevinho Santana se manifestou sobre o assunto em nota à colunista Fábia Oliveira, do portal Em Off. Segundo ele, as irmãs de Paulinha só teriam se preocupado com os cuidados do pai devido à questão financeira. Ele ainda atesta que, caso as ex-cunhadas queiram ter acesso aos bens deixados ao pai, elas deveriam estar perto dele.
“Como é de conhecimento de todos, a Paulinha juntamente com Clevinho, era quem cuidavam e davam total auxílio ao Sr. Gilson. Atualmente, após saberem que o Sr. Gilson tem, por direito, parte da herança da cantora, e que essa parte só poderá ser acessada pelo seu tutor legal (visto que o mesmo não possui condições físicas e mentais de responder por si próprio, devido a sua doença), houve a manifestação de interesse por parte das irmãs em ficar com a parte do pai, sem seguir com os cuidados. Porém, para Clevinho, isso não seria correto. Se elas querem ter acesso a parte do Sr. Gilson, devem seguir também com a missão de cuidar dele”, disse o texto.
Clevinho ainda deu detalhes de um acordo que teria sido feito, estabelecendo que quem assumisse a responsabilidade de realmente cuidar da saúde do sogro, receberia a parcela dele na herança de Paulinha. Sendo assim, a casa em que ele mora com Sr. Gilson seria vendida e as partes financeiras seriam entregues aos responsáveis. Mas, por ser detentor da maior parte dos bens deixados pela cantora e por ter direito ao imóvel, o viúvo poderia permanecer lá, sem sair da residência, até receber a parte que lhe cabe da venda.
Ele criticou o que considerou como uma ganância das filhas de Sr. Gilson, pontuando que deixará de cuidar do sogro por conta desses interesses delas. “Quem sempre cuidou do Sr. Gilson era Paulinha e eu. As filhas nunca iam, sequer, visitar. Agora o dinheiro fala mais alto e a inversão de valores também”, concluiu Santana.
Morte de Paulinha
Paulinha Abelha nos deixou em 23 de fevereiro de 2022, aos 43 anos, após passar 12 dias internada em hospitais de Aracaju (SE). Segundo um laudo definitivo, “o óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa”.
Exames toxicológicos mostraram que 16 substâncias foram encontradas no corpo de Paulinha por conta de medicamentos diuréticos. Além disso, durante o período de internação, a artista teve suas funções hepáticas, renais e neurológicas afetadas. De acordo com o laudo, entretanto, estes problemas não têm relação com o uso de medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e pelos hospitais Unimed SE e Primavera.
“O tratamento instituído pelos citados Hospitais seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual, porém, houve uma rápida evolução para o óbito. Os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação hospitalar não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito”, informou o documento. A certidão de óbito da cantora apontou quatro causas da morte: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.
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