“Leaving Neverland”: Detalhes de documentário sobre supostos abusos sexuais cometidos por Michael Jackson são divulgados; confira

Cercado de polêmica desde antes de sua estreia, o documentário “Leaving Neverland”, que foca em duas supostas vítimas de abusos sexuais cometidos por Michael Jackson, causou comoção nesta sexta (25) no Festival de Sundance, em Utah. Entre os momentos chocantes divulgados por quem viu a produção estão descrições gráficas dos abusos e os depoimentos dos homens que se envolveram com o cantor. Meu Deus!

O documentário traz depoimentos de Wade Robson e James Safechuck contando como conheceram e se envolveram com o Rei do Pop, morto em 2009. Segundo o jornalista da Variety que assistiu à produção, Robson o conheceu em uma competição de dança quando tinha cinco anos de idade (e os abusos começaram por volta dos sete anos), já Safechuck encontrou Michael Jackson pela primeira vez em um comercial de refrigerante aos oito anos.

Cena de “Leaving Neverland”. (Foto: Divulgação/Sundance Institute)

Os dois descrevem as preferências sexuais do cantor, como gostar que os meninos mordessem seus mamilos enquanto ele se masturbava, e também revelam que o famoso rancho de Michael, Neverland, contava com vários quartos secretos onde ele poderia ficar a sós com as supostas vítimas sem ser incomodado. Quando vivo, Michael Jackson negou várias vezes qualquer acusação desse tipo.

Para manter o silêncio dos meninos, o dono de “Thriller” supostamente comprava presentes para os dois. Em dado momento de “Leaving Neverland”, James Safechuck revela que Michael Jackson o levava a lojas de joias e o dava diamantes, dizendo às vendedoras que os presentes eram para uma mulher, mas que ele gostava de usar o pulso pequeno do menino para ter ideia do tamanho certo. Certa vez, diz Safechuck, o cantor lhe deu um pulseira de ouro em uma “cerimônia de brincadeira”, chegando até a escreverem votos juntos.

“Você nunca mais vai ouvir Michael Jackson da mesma forma. Na verdade, você pode jamais ouvir Michael Jackson de novo”, escreveu o crítico David Ehrlich, do IndieWire. Dividido em duas partes e com cerca de quatro horas de duração, o documentário também mostra o processo de aceitação de trauma e as reações das famílias das supostas vítimas do cantor, assim como a investigação e o julgamento dos casos.

Antes mesmo da estreia de “Leaving Neverland”, a conta oficial de Michael Jackson no Twitter publicou um ataque à produção. “Em 1992, Michael deu à HBO a maior audiência de um especial deles. Agora, para retribuir, eles vão dar voz a mentirosos confessos”, escreveu. O canal deve exibir o documentário durante a primavera dos Estados Unidos. Por enquanto, não há data de exibição programada no Brasil.

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