Será que o ‘bom dia’ vem pra Verônica na última temporada? Tainá Müller chega para a caçada final em “Bom dia, Verônica“, sucesso nacional da Netflix. Os novos episódios ainda introduzem o misterioso Jerônimo, sedutor personagem de Rodrigo Santoro. Bruno Rocha, o Hugo Gloss, conversou com os atores, que contaram tudo sobre os bastidores da superprodução.
Enquanto Tainá revelou o choque inicial com o roteiro e se está pronta para se despedir da personagem emblemática, Santoro lembrou como foi a recepção do elenco e os desafios de entrar em uma série já consolidada. A protagonista ainda mencionou se há possibilidade de um novo projeto sobre “Verônica”, e o ator deixou escapar um documentário de “Lost” que já está em produção. OMG!
Na conclusão, Verônica Torres mergulha ainda mais fundo nas investigações para solucionar um complexo esquema de crimes e encontrar os “Três Irmãos”. Os episódios ainda têm Diana, papel de Maitê Proença, e a volta dos personagens de Reynaldo Gianecchini e Klara Castanho. A produção promete desvendar todo o quebra-cabeça que a protagonista começou a montar ainda na primeira temporada.
Na busca pelo terceiro irmão, ela investiga o orfanato onde Brandão e Matias cresceram. No local, além de conhecer Jerônimo, a escrivã também encontra a mãe dele, Diana, uma mulher que esconde segredos sobre o passado macabro do lugar. Quando uma máfia coloca sua família em perigo, porém, Verônica precisa correr contra o tempo e arrisca todas as fichas na caçada.
Assista ao trailer:
Choque com o roteiro
Com apenas três episódios, a terceira temporada será disponibilizada em 14 de fevereiro no catálogo do streaming. No bate-papo, Tainá admitiu que estranhou a temporada enxuta, principalmente em comparação com as levas anteriores. “Quando eu recebi, como a gente não está acostumado a série de três episódios, eu achei um pouco esquisito mesmo”, confessou.
Apesar disso, a artista concordou com a decisão da equipe após a leitura completa do roteiro. “Mas quando eu comecei a ler, entendi. Eu acho que é um desfecho. Por mais que a gente esteja apresentando um novo universo, é o desfecho da história. Eu acho que três episódios dá conta! Porque eu, pelo menos como público, não gosto de uma série que vai criando umas barrigas só para encher linguiça. Eu acho que foi uma decisão da dramaturgia, do próprio Raphael [Montes], da Netflix, do Zé (José Henrique Fonseca), o diretor, em como fechar essa história e quantos episódios precisavam para fechar de forma potente”, justificou.
Cuidado ao ingressar no elenco
O personagem de Rodrigo Santoro chega na última temporada para se aliar à Verônica na solução do crime. O ator lembrou o momento em que recebeu o convite para fazer parte do elenco e contou como foi a recepção de todos. “Eu já tinha visto a primeira temporada, quando recebi o convite fui ver a segunda temporada. Aí voltei para rever a primeira temporada, para mergulhar bastante no universo da série. É essencial conhecer o universo da série. E o meu personagem, o Jerônimo, ele entra nessa terceira temporada e eu teria que entrar de forma muito orgânica”, explicou ele.
“No primeiro dia, eu já estava me sentindo muito acolhido. O Zé Henrique Fonseca fez ‘Heleno’ comigo muito tempo atrás, então é um diretor que eu já conhecia, que foi quem me convidou para esse projeto. Isso me ajudou muito. A gente conversou bastante para entender o tom da personagem, de que forma ele entra. Mas é uma delicadeza, sem a menor dúvida. Tem que ter um cuidado quando você entra com o bonde andando”, ponderou.
É o fim de Verônica?
Tainá Müller também revelou que não se sente pronta para se despedir da personagem, uma das mais importantes de sua carreira. “Muito difícil dizer ‘tchau’ para a Verônica. Viver essa personagem tão forte, tão emblemática… Eu organizei minha vida ao redor de Verônica. Então assim, não está fácil”, admitiu. Questionada por Santoro se esse, de fato, é um adeus, ela deixou a possibilidade em aberto. “Mas vai despedir?”, perguntou o ator. “Não sei também, fica a dica”, respondeu ela. “Eu acho que tinha que ter um filme”, concordou Bruno Rocha.
“Eu acho que tinha que ser prólogo, né?! Essas três temporadas como o ‘prólogo’. Tudo era só para contar a cena final que vocês não sabem. Tipo, era tudo pra chegar ali. Quem sabe? A gente não sabe… A esperança é a última que morre. Mas se eu tiver que me despedir de Verônica, vou ficar chateada. Vou ficar chateada porque eu gosto, gostei muito de fazer essa personagem”, declarou.
Carreira internacional e documentário de Lost
Rodrigo Santoro relatou o que o levou a aceitar o desafio de entrar na produção, mesmo se dedicando à carreira internacional. “Eu nunca deixei de trabalhar aqui. Eu continuo indo e voltando. E ‘Bom dia, Verônica’, é internacional. Qualquer produto audiovisual que esteja numa plataforma como a Netflix, está falando com o mundo inteiro. Inclusive é muito legal poder trazer essa discussão que a série levanta. A gente não está fazendo uma série para o Brasil, a gente tá falando para o mundo inteiro. Até porque essas coisas não acontecem só no Brasil, infelizmente”, refletiu.
“Tudo me chamou a atenção. Eu gostava da série, eu tinha visto a primeira temporada. O Zé Henrique, como eu falei, eu já tinha uma relação com ele. A ideia de fazer uma personagem como essa, é uma personagem que eu não tinha feito, e isso também me estimulou. A própria ideia de entrar num bonde que já estava andando… Eu achei um desafio interessante, entrar e ter que se encaixar”, acrescentou.
Bruno Rocha então lembrou o próprio ator de que ele já havia passado por algo parecido em “Lost”, quando integrou a exitosa produção, já em andamento. “‘Lost’ eu entrei com o bonde andando e fiquei meio no bonde andando. Estou até hoje no bonde andando”, brincou Santoro. O ator revelou, ainda, que recentemente foi convidado para participar de um documentário de reencontro da série: “Parece que vai ter um documentário agora. Me procuraram para falar sobre um documentário. Acho que fez aniversário. Eu não sei quantos anos são, mas tem um negócio sendo produzido”. Vem aí!
Terceira temporada
Por fim, Tainá deu um gostinho de como será a temporada final e o que espera, a protagonista. “Eu acho que ela vai de encontro à própria sombra. Porque a Verônica nunca foi uma heroína clássica, a mocinha da história. Os propósitos dela sempre foram muito nobres, mas a forma como ela agia era sempre fora da lei. Ao longo das três temporadas, a identidade dela foi aparecendo, porque acho que tinha uma coisa de ela não saber muito quem ela era. Acho que nessa temporada, Verônica vai de encontro à própria sombra”, analisou.
Assista à entrevista completa:
A série “Bom Dia, Verônica” acompanha uma ex-policial que, após se deparar com o caso mais brutal de sua carreira, se torna uma justiceira em busca de vingança contra criminosos de alta periculosidade. A produção é baseada no celebrado romance policial homônimo da criminóloga Ilana Casoy e do escritor Raphael Montes.
A série foi criada e adaptada para a TV pelo próprio Raphael, com roteiro dele junto com Ilana Casoy, Gustavo Bragança, Davi Kolb e Carol Garcia. Montes e Casoy também fazem parte da produção-executiva do seriado, ao lado de Eduardo Pop e José Henrique Fonseca, que ainda é responsável pela direção-geral.
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