Conversar com Cauã Reymond é uma tarefa fácil e difícil: o astro é puro carisma, mas são muitos assuntos para abordar em pouco tempo com um dos maiores nomes de sua geração de atores. Ele chama atenção não só pelo talento, que já entregou trabalhos como “Avenida Brasil”, “Tim Maia” e “Ilha de Ferro”, mas também pela vida pessoal. Em bate-papo por telefone com o hugogloss.com, Cauã falou de tudo um pouco, desde seus próximos passos como artista, que incluem escalação em “Vale Tudo”, até sua presença na primeira fila de desfiles internacionais, sua rotina fitness e uma lista fake de “requisitos” para encontrar a próxima namorada que andou circulando por aí.
Próximos passos na carreira
Em uma carreira prolífica e cheia de papéis memoráveis, o que o astro ainda gostaria de fazer? “Eu tô com vontade de fazer uma comédia romântica. Eu nunca fiz. […] [Com] Um bom roteiro, uma coisa inteligente, seria legal, seria um desafio pra mim”, apontou.
Segundo Cauã, a série inédita “Mata-Mata”, estrelada por ele, continua em desenvolvimento. A trama, ambientada no Rio de Janeiro, gira em torno de um ex-atleta que se torna agente. Informações de que a produção teria sido adiada por tempo indeterminado, divulgadas pela coluna Play, do jornal O Globo, geraram preocupação de que a trama teria sido descartada. Este, no entanto, não é o caso. “A gente não deve filmar agora, mas estamos desenvolvendo”, garantiu o ator. Sobre seus próximos passos, ele falou de planos para um filme e, também, confirmou sua escalação em “Vale Tudo”. “Eu tô em negociações pra fazer um longa agora, no segundo semestre, com um time muito legal. São grandes atores, é uma pessoa que todos nós admiramos, que eu tô louco pra voltar a trabalhar. E [vou] fazer a próxima novela da Manuela Dias, ‘Vale Tudo'”, afirmou.
Tentamos descobrir o personagem que Cauã interpretará no remake. Há boatos de que o ator fará o vilão César. Porém, ele não entregou o papel, e explicou o motivo: “A gente ainda tem uma novela pra estrear depois de ‘Renascer’, então prefiro falar mais, me aprofundar mais, quando chegar mais perto. Pra não mudar o foco, né? Eu tenho um respeito muito grande e tô torcendo muito pra que essa novela [‘Mania de Você’, de João Emanuel Carneiro] depois de ‘Renascer’, seja um super sucesso”.
Primeira fila
Nas últimas semanas, vimos muito Cauã nas primeiras filas de desfiles de moda internacionais: Zegna, Dolce&Gabbana. O ator chamou atenção ao lado de astros como Mads Mikkelsen (“A Caça”, “Hannibal”), Michele Morrone (“365 Dias”), Theo James (“The White Lotus”), Alberto Guerra (“Griselda”). “É natural que o brasileiro tenha uma curiosidade por figuras internacionais, mas, cara, foi uma coisa muito normal. As pessoas sentam ali e conversam normalmente, o desfile acaba, a gente conversa mais um pouco, vai pra um jantar, cada um senta na sua mesa. Foi legal, eu tava ali conversando com outras pessoas também, mas o vídeo que eu vi que o Bruno Astuto postou, era um vídeo que tava conversando eu, ele [Michele Morrone], e um ator mexicano. Da mesma forma como eu tirei foto com um artista sul-coreano [San, do ATEEZ]”, relembrou Cauã.
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Sobre o astro do k-pop, aliás, ele foi só elogios: “Quando eu encontrei com ele [San], ele se sentou do meu lado no dia da apresentação feminina da Alta Sartoria da Dolce&Gabbana. Aí a gente começou a conversar um pouco, e ele falou, ‘sou sul-coreano’, e eu falei, ‘nossa, então vou tirar uma foto pra minha filha’, e tirei. Aí minha filha respondeu assim, ‘nossa, pai, sim, sim, sim'”. Sofia, como deu para perceber, é muito fã de San. Imagina ver o pai do lado do seu ídolo? “Foi muito legal. Eu falei, cara, a Sofia vai gostar muito. […] Mas ele é muito querido, muito educado, eu acabei conversando mais com ele, sabe? Porque ele estava do meu lado nos desfiles, e a gente ficava conversando sobre as peças, assim, no dia da coleção masculina, o que eu usaria, o que ele usaria… Ele foi a pessoa com quem eu mais conversei”, contou.
A infame lista
Recentemente, andou circulando pela web uma “lista de requisitos” que Cauã teria para sua próxima namorada. Segundo o jornalista Léo Dias, o ator estaria procurando uma moça que compartilhe seu perfil e estilo de vida saudável. Ter uma rotina disciplinada — com atividades físicas e alimentação equilibrada — também contaria pontos: “A mulher tem que ser caseira igual a ele, malhar, treinar e cuidar da alimentação. Ele não gosta de mulher aparecida, que ri alto, espalhafatosa. Dorme e acorda cedo, ele é assim. Quem namora com ele, também tem que ser. Esquece fumar e beber. Ele é totalmente naturalista e as mulheres também tem que ser”.
Cauã já havia negado tais exigências. Nós, então, perguntamos o que ele procura em um romance atualmente. “Poxa, se tem uma coisa boa, é que eu acho que tem que acontecer organicamente. Eu não procuro mais. Eu sou um cara que tem uma vida de muito trabalho, né? Sou pai, eu gosto de ter uma vida saudável, mas eu acho que é uma coisa que tem que acontecer de forma muito orgânica. Eu acho que quando eu era mais novo, assim, nos meus vinte e poucos, eu sabia mais, ‘ah, eu quero isso, isso e isso’. E aos trinta eu falei, ‘eu tenho isso, isso e isso’. E eu ainda sinto como se eu tivesse sonhos e coisas que surgem, novos desejos, que não necessariamente fazem parte de um romance, né? Eu estou falando mais com um olhar mais amplo, assim, da vida”, iniciou ele.
O artista também não descartou a ideia de ter mais filhos: “O que eu busco da vida? É tão engraçado, eu me sinto tão abençoado, eu tenho tanta coisa, eu trabalhei muito duro, mas a vida foi muito generosa comigo, eu tenho muitas conquistas. Mas eu continuo a sonhar, sonhar em construir algo de novo, não sei, talvez ter filho ou não. Estou super aberto a ter filho, não estou fechado. E, cara, encontrar uma conexão, uma conexão bacana, sincera, porque eu acho que as coisas têm que acontecer de forma muito orgânica”.
Ele, no entanto, não deixou de rir: “Mas achei engraçada a lista. Como é que é? Não pode dançar? Adorei essa parte. Não pode dançar, não pode falar alto”. “Não pode ser extrovertida!”, relembramos. “Ai, eu falei, tá bom. E a Grazi [Massafera] era o que, então? Eu achei que a pessoa teve muita imaginação”, observou.
O follow de Madonna
Outro assunto que chamou atenção na web foi o fato de Madonna ter seguido Cauã. O astro se disse estar muito lisonjeado. “Me pegou de surpresa. Mas uma surpresa boa, é importante ressaltar. É uma surpresa boa, é uma pessoa que extrapola o indivíduo dela. Ela tem um legado, é uma história muito bonita”, afirmou.
Ele também foi só elogios para a estrela. “Cara, a Madonna, ela é uma das figuras mais fortes do cenário musical, né? Ela é a rainha do pop. Ela é uma figura muito forte do movimento feminista, do feminino, as lutas que ela travou, os desafios da rebeldia dela, os padrões que ela ajuda e ajudou a mudar. Eu gosto da música dela, né? Porque tem vezes que eu admiro a pessoa, mas às vezes não gosto tanto da música. Não, a música dela eu gosto muito. E fiquei lisonjeado. A gente tem um amigo em comum, que é o Mert Alas, que é um fotógrafo gringo. Eu fiquei feliz. Sou um grande admirador da Madonna”, declarou. Porém, ele apontou que não rolou nenhuma mensagem privada entre os dois.
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Pés no chão
Apesar de ser um dos homens mais desejados do Brasil, Cauã tenta filtrar o que falam sobre ele. “Eu gosto muito de ver entrevistas; tem uma entrevista do Robert De Niro, maravilhosa, ele fala uma coisa assim, ‘todo mundo é substituível, então se as coisas estão dando certo, agradece e segue em frente, faz o seu'”, refletiu.
Ele ainda ponderou sobre o que lê a respeito de si na internet: “Eu tô há tanto tempo na vida pública, que eu também não levo tanto os elogios a ferro e fogo, e nem tanto as críticas a ferro e fogo. Eu tenho que perceber que aquilo ali faz sentido, que não é necessariamente um caça-clique. Eu sempre tento aprender com o que tá acontecendo à minha volta e com o que acontece com os outros também. Eu fico prestando atenção nas coisas que funcionam, mas sempre buscando a verdade, e não deixando o meu humor e a minha emoção serem influenciados pelos elogios e pelas críticas, entendeu? Senão a vida fica muito difícil, ainda mais nos tempos de rede social. Eu respeito a opinião dos outros e todo mundo tem direito a ter sua opinião, mas eu não posso deixar isso tomar conta de mim. Então eu volto a dizer, eu fico super lisonjeado, mas me sentir bem mesmo depende mais da minha noite de sono”.
Shakira e Romeu
Em junho, o ator revelou o envenenamento de seus dois cães; Romeu, que veio a óbito, e Shakira, que se recuperou. O ocorrido chamou ainda mais atenção na mídia após a notícia de que mais de 40 cães teriam sido envenenados no Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Após as denúncias, a prefeitura tomou uma medida para encerrar os casos, e fez uma lavagem nas ruas próximas da área. “[A Shakira] está super bem. O Romeu virou estrelinha, como eu gosto de falar pra Sofia. Ele faz uma falta danada”, lamentou o ator.
Cauã entrou em detalhes sobre a saudade do pet: “Ontem eu cheguei de viagem, eu fui a Santa Catarina visitar minha família, meu pai, e toda vez que eu chego em casa é o momento que eu acho que eu mais sinto falta dele. Sinto falta dele também quando acordo de manhã, [porque] saía pra andar com ele. Sinto falta dele às vezes à noite, que é a hora que eu também saia pra andar com ele. Eu até fui num canil, olhei alguns cachorros e tal, mas eu ficava só falando assim, que nem aquele desenho da Família Dinossauro… ‘Não é a mamãe’, sabe? ‘Não é o Romeu. Não é o Romeu’. O Romeu era mais bonito, o Romeu era mais fofo. O Romeu era mais isso, o Romeu era mais aquilo. Aí eu não tô preparado ainda”.
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Confira o bate-papo completo abaixo:
HG – Você tem uma carreira de ator muito bem-sucedida, com vários papéis de destaque na TV e no cinema. Quais são os seus próximos passos?
CR – “Mata Mata”, minha série, continua em desenvolvimento. A gente não deve filmar agora, mas a gente tá desenvolvendo. Eu tô em negociações pra fazer um longa agora, no segundo semestre, com um time muito legal. São grandes atores, é uma pessoa que todos nós admiramos, que eu tô louco pra voltar a trabalhar. E [vou] fazer a próxima novela da Manuela Dias, “Vale Tudo”.
HG – Dizem que você vai interpretar o vilão César, né?
CR – Eu não posso… Eu tenho que ser muito cuidadoso nisso, porque… A gente ainda tem uma novela pra estrear depois de “Renascer”, então prefiro falar mais, me aprofundar mais, quando chegar mais perto. Pra não mudar o foco, né? Eu tenho um respeito muito grande e tô torcendo muito pra que essa novela [“Mania de Você”, de João Emanuel Carneiro] depois de “Renascer”, seja um super sucesso. Eu sempre torço pelos colegas; quando uma novela vai bem, principalmente uma novela das nove, todos os outros programas acabam sendo alavancados. Todo mundo se ajuda na grade, né? Então, eu torço muito pelo êxito de todo mundo.
HG – Qual é um tipo de papel que você ainda não fez, mas gostaria muito de interpretar?
CR – Olha, eu fiz bastante coisa. Eu tenho uma carreira não só na TV, mas também no cinema, onde eu pude fazer muita coisa. Eu tô com vontade de fazer uma comédia romântica. Eu nunca fiz. Eu fiz “O Divã”, com a Lília Cabral, Reynaldo Gianecchini, José Mayer, há muito tempo. Foi legal, não era uma comédia romântica, mas era uma comédia, era interessante. Depois eu fiz “Uma Quase Dupla”, com a Tatá Werneck, também foi muito legal. E eu falei, “cara, eu acho que eu curtiria fazer uma comédia romântica”. Um bom roteiro, uma coisa inteligente, seria legal, seria um desafio pra mim. Eu faço muito drama, né? A última novela, minha história com o personagem do Tony [Ramos], eram cenas muito fortes. Eu tô acostumado a sempre fazer drama no cinema também. Então, eu gostaria, no final da novela… Esse filme, a princípio, é uma comédia que eu tô negociando com um time muito bacana. Estamos vendo se as datas vão bater uma na outra.
HG – Olhando para trás, qual é o trabalho que você mais gostou de fazer na sua carreira?
CR – Ai, foram muitos. Não existe um favorito. Não tô sendo… Não consigo pensar em um. Eu, graças a Deus, fiz muita coisa que o público gostou. E a gente também conseguiu boas críticas, um prestígio legal. Então, eu tenho carinho por muitos trabalhos. E também tenho carinho pelos trabalhos que não foram tão bem assim. Tem uma coisa que a gente aprende muito mais, às vezes, no insucesso, né? E eu realmente acredito nisso. Então, todas as vezes que eu fiz trabalhos ou personagens — que, graças a Deus, não foram muitos —, que talvez a gente não conseguiu ter tanta bilheteria no cinema ou se conectar tanto com a audiência na TV aberta ou no streaming, foram trabalhos que me ajudaram pro próximo, que a maioria das vezes foi sempre um êxito, um sucesso. Então, pra mim, todo trabalho tem realmente seu valor.
HG – Nas últimas semanas, você viajou para fora, foi para eventos internacionais, e repercutiu muito nas redes a sua foto com o Michele Morrone, por exemplo. Vocês já se conheciam, né? O que você pode nos contar sobre ele, e como foi esse encontro?
CR – Eu, graças a Deus, sempre encontrei pessoas interessantes. Eu fui na Zegna antes, aí encontrei o Mads Mikkelsen, que é um super ator. É um cara que eu admiro a carreira. Ele fez “A Caça”, que é um super filme. E é natural que o brasileiro tenha uma curiosidade por figuras internacionais, mas, cara, foi uma coisa muito normal. O que eu tô querendo dizer é que as pessoas sentam ali e conversam normalmente, o desfile acaba, a gente conversa mais um pouco, vai pra um jantar, cada um senta na sua mesa. Foi legal, eu tava ali conversando com outras pessoas também, mas o vídeo que eu vi que o Bruno Astuto postou, era um vídeo que tava conversando eu, ele [Michele Morrone], e um ator mexicano. Da mesma forma como eu tirei foto com um artista sul-coreano [San, do ATEEZ]. E quando eu encontrei com ele [San], ele se sentou do meu lado no dia da apresentação feminina da Alta Sartoria da Dolce&Gabbana. Aí a gente começou a conversar um pouco, e ele falou, ‘sou sul-coreano’, e eu falei, ‘nossa, então vou tirar uma foto pra minha filha’, e tirei. Aí minha filha respondeu assim, ‘nossa, pai, sim, sim, sim’… Aí a gente acabou tirando uma foto.
HG – Eu ia perguntar justamente qual tinha sido a reação dela, porque eu sei que o San é um dos ídolos dela, né?
CR – Sim, sim, foi muito legal. Eu falei, cara, a Sofia vai gostar muito, aí eu disse, ‘vamos tirar uma foto pra minha filha?’. E tirei. Aí eu decidi publicar. Ele fez um baita sucesso. Mas ele é muito querido, muito educado, eu acabei conversando mais com ele, sabe? Porque ele estava do meu lado nos desfiles, e a gente ficava conversando sobre as peças, assim, no dia da coleção masculina, o que que eu usaria, o que ele usaria… Ele foi a pessoa com quem eu mais conversei.
HG – Ah, que legal! Vocês se entenderam sobre moda, então.
CR – Nos entendemos, a gente adorou o look branco, que era meio acetinado. Eu falei, ‘pô, esse é bonito, tá?’. Foi engraçado. Tinha um casaco também, a Dolce fez um casaco meio bárbaro, que a gente também achou legal, ficamos trocando figurinhas sobre moda.
HG – Recentemente, rolou na web uma suposta “lista de exigências” que você teria para se relacionar com alguém. Você já desmentiu isso… mas eu queria saber, o que você procura em um romance?
CR – Poxa, se tem uma coisa boa, é que eu acho que tem que acontecer organicamente. Eu não procuro mais. Eu sou um cara que tem uma vida de muito trabalho, né? Sou pai, eu gosto de ter uma vida saudável, mas eu acho que é uma coisa que tem que acontecer de forma muito orgânica. Eu acho que quando eu era mais novo, assim, nos meus vinte e poucos, eu sabia mais, “ah, eu quero isso, isso e isso”. E aos trinta eu falei, “eu tenho isso, isso e isso”. E eu ainda sinto como se eu tivesse sonhos e coisas que surgem, novos desejos, que não necessariamente fazem parte de um romance, né? Eu estou falando mais com um olhar mais amplo, assim, da vida.
O que eu busco da vida? É tão engraçado, eu me sinto tão abençoado, eu tenho tanta coisa, eu trabalhei muito duro, mas a vida foi muito generosa comigo, eu tenho muitas conquistas. Mas eu continuo a sonhar, sonhar em construir algo de novo, não sei, talvez ter filho ou não. Estou super aberto a ter filho, não estou fechado. E, cara, encontrar uma conexão, uma conexão bacana, sincera, porque eu acho que as coisas têm que acontecer de forma muito… Vou voltar a usar o termo orgânico. Eu acho que eu sou tão determinado e corro tanto atrás, que, às vezes, você pré-estabelece coisas e, nesse sentido, eu vejo que a minha experiência me trouxe uma coisa de que, às vezes, você só controla você, não controla o resto. Então, você não controla o que a pessoa sente, você nem controla o que você sente, mas você consegue administrar o que você está sentindo. Você vai observando e prestando atenção. Tem coisas que, obviamente, você não quer, né? Mas tem coisas que eu estou super aberto.
Mas achei engraçada a lista. Como é que é? Não pode dançar? Adorei essa parte. Não pode dançar, não pode falar alto.
HG – Não pode ser extrovertida!
CR – Ai, eu falei, tá bom. E a Grazi [Massafera] era o que, então? Eu achei que a pessoa teve muita imaginação.
HG – Na última semana, a Madonna te seguiu no Instagram. Qual foi sua reação ao descobrir?
CR – É verdade. Fiquei sabendo através de vocês. Cara, a Madonna, ela é uma das figuras mais fortes do cenário musical, né? Ela é a rainha do pop. Ela é uma figura muito forte do movimento feminista, do feminino, as lutas que ela travou, os desafios da rebeldia dela, os padrões que ela ajuda e ajudou a mudar. Eu gosto da música dela, né? Porque tem vezes que eu admiro a pessoa, mas às vezes não gosto tanto da música. Não, a música dela eu gosto muito, quando toca e tal, curto. E fiquei lisonjeado. A gente tem um amigo em comum, que é o Mert Alas, que é um fotógrafo gringo. Eu fiquei feliz. Sou um grande admirador da Madonna.
HG – Não rolou DM, então?
CR – Eu bati um papo com o Mert, assim, mas não… Eu posso falar que tenho uma admiração muito grande pela carreira dela, pela forma como ela conduz as coisas, e… e também me pegou de surpresa. Mas uma surpresa boa, é importante ressaltar. É uma surpresa boa, é uma pessoa que extrapola o indivíduo dela. Ela tem um legado, é uma história muito bonita.
HG – A gente acompanhou e ficou muito triste com o que aconteceu com os seus cachorros, o Romeu e a Shakira. Como tá a Shakira depois de tudo? E como você está lidando com a perda do Romeu?
CR – [A Shakira] Está aqui do lado. Ela está super bem. O Romeu virou estrelinha, como eu gosto de falar pra Sofia. Ele faz uma falta danada. Ontem eu cheguei de viagem, eu fui a Santa Catarina visitar minha família, meu pai, e toda vez que eu chego em casa é o momento que eu acho que eu mais sinto falta dele. Sinto falta dele também quando acordo de manhã, [porque] saía pra andar com ele. Sinto falta dele às vezes à noite, que é a hora que eu também saia pra andar com ele. Eu até fui num canil, olhei alguns cachorros e tal, mas eu ficava só falando assim, que nem aquele desenho da Família Dinossauro… “Não é a mamãe”, sabe? “Não é o Romeu. Não é o Romeu”. O Romeu era mais bonito, o Romeu era mais fofo. O Romeu era mais isso, o Romeu era mais aquilo. Aí eu não tô preparado ainda. Daqui a pouco eu vou estar.
HG – Vira e mexe a gente compartilha fotos que você posta mostrando o shape, e sempre temos uma reação positiva nas redes. Como você cuida do seu corpo? Quantas vezes você faz academia?
CR – Ah, eu sou muito vaidoso com a minha saúde, com o que eu como. Eu tento ter os hábitos saudáveis, mas às vezes é difícil com essa rotina de viagem. No último mês eu viajei duas vezes pra Itália, uma pro Uruguai, uma pra Inglaterra, pra Santa Catarina, amanhã eu vou pra São Paulo, então às vezes não é tão fácil na estrada, né? Mas você sabe que, na Itália, durante a semana da Dolce, foi tipo um SPA, porque o trabalho da gente, os eventos, eram à noite, então durante o dia eu podia malhar, fazer gelo, fazer sauna, tirar um cochilo, conhecer ao redor. Foi um momento muito saudável, muito gostoso. E com aquele cenário maravilhoso.
E foi o momento que eu mais fiquei parado, sem viajar. Ajuda quando você tem uma continuidade, mas eu gosto muito de fazer exercício. Eu acordo de manhã, faço um aeróbico e à tarde faço uma musculação. Às vezes, quando eu tô mais cansado nessa época de viagem, eu faço só musculação, eu tento não fazer um aeróbico. Hoje, por exemplo, eu fui e fiz um treino de Jiu-Jitsu forte de manhã. Eu gosto de fazer natação quando eu tô entre um treino pesado e outro, eu vou na piscina do clube aqui ao lado, eu gosto de correr na areia fofa, fazer escada, que pra muita gente é horrível, mas eu amo escada, eu pedalo, eu faço boxe, e eu faço musculação umas quatro vezes por semana. Não vou falar pra você que todo dia eu tô super empolgado, mas eu coloquei que é um hábito, e tem dias que eu tô louco pra fazer esse hábito. Mas não tem um dia, mesmo um dia que eu tô muito cansado, que eu vou malhar e que eu não saio melhor. Eu sempre tenho essa sensação de vitória depois da malhação. É um compromisso que eu estabeleci comigo, que eu fui lá e fiz. Não tem a ver só com a parte hormonal, eu acho que tem certas coisas na vida que se quiser conquistar, você tem que ter uma certa metodologia. Eu adoro aquele vídeo inspiracional do Denzel Washington, ele fala, “sem objetivos, são só sonhos”. Então, eu tento cumprir meus objetivos pra poder alcançar os meus sonhos, e isso não serve só pra malhação, mas serve pra mim como ator, como produtor, como pai, em todos os territórios da minha vida.
HG – E como é a sensação de ser um dos homens mais desejados do Brasil? Como fica a sua cabeça?
CR – Olha, eu tô na vida pública há tanto tempo que eu já não fico, por exemplo, vocês são sempre muito carinhosos comigo, eu também reposto e fico muito feliz, obrigado pela moral que vocês me dão, mas tirando vocês, eu não fico olhando muitas coisas que saem. Eu aprendi a viver sem ficar dando Google em mim mesmo, e com o passar do tempo, eu já não me interesso tanto também pelo que falam dos outros. Eu gosto de saber o que tá acontecendo no audiovisual, eu gosto de saber o que tá acontecendo na economia mundial, eu gosto de saber sobre a eleição norte-americana, eu gosto de saber sobre o que tá acontecendo no Brasil, meus interesses são muito amplos. Então, eu só estou falando isso porque eu fico muito feliz, eu fico super lisonjeado, é claro que que é uma coisa gostosa, mas eu eu sei que ninguém é muito especial. Eu gosto muito de ver entrevistas; tem uma entrevista do Robert De Niro, maravilhosa, ele fala uma coisa assim, “todo mundo é substituível, então se as coisas estão dando certo, agradece e segue em frente, faz o seu”.
É claro que eu sou grato, eu gosto de malhar, eu gosto de comer bem, eu bebo bastante água, eu levo minha marmita pro trabalho quando eu tô gravando, quero sempre estar na minha melhor forma, mas eu tento não acreditar nessas coisas. Simplesmente [tento] ouvir o meu corpo falar, “cara, hoje eu dormi mal, eu não tô me sentindo bem”. Ou “hoje eu dormi super bem, nossa, eu tô me sentindo muito bonito”. Essa sensação tem muito mais a ver sobre como está o meu bem estar, e volto a falar, eu tô há tanto tempo na vida pública, que eu também não levo tanto os elogios a ferro e fogo, e nem tanto as críticas a ferro e fogo. Eu tenho que perceber que aquilo ali faz sentido, que não é necessariamente um caça-clique. Eu sempre tento aprender com o que tá acontecendo à minha volta e com o que acontece com os outros também. Eu fico prestando atenção nas coisas que funcionam, mas sempre buscando a verdade, e não deixando o meu humor e a minha emoção serem influenciados pelos elogios e pelas críticas, entendeu? Senão a vida fica muito difícil, ainda mais nos tempos de rede social. Eu respeito a opinião dos outros e todo mundo tem direito a ter sua opinião, mas eu não posso deixar isso tomar conta de mim. Então eu volto a dizer, eu fico super lisonjeado, mas me sentir bem mesmo depende mais da minha noite de sono.
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