Nesta quinta-feira (18), o caso do jogador Daniel Alves teve novos desdobramentos divulgados. O brasileiro está preso desde o dia 20 de janeiro, em Barcelona, acusado de estuprar uma mulher em uma boate da cidade no final do ano passado. Segundo o UOL, um machucado no joelho esquerdo da vítima teria sido uma “peça-chave” na investigação.
A publicação teve acesso aos documentos do caso, incluindo as fotos e vídeos utilizados como evidências. Após sair da boate de ambulância, a mulher foi submetida a um exame médico no Hospital Clinic de Barcelona, e uma das imagens mostrou a lesão de cerca de cinco centímetros, além de um hematoma na mesma região.
O machucado foi tratado como decorrente das ações ocorridas no banheiro da área VIP do local, já que em seu depoimento a vítima de 23 anos afirmou que teria sido atirada contra o solo por Daniel Alves. Os vídeos registrados pelas câmeras de segurança, mostram que a mulher dançava normalmente, mas apresentou dificuldade para andar após deixar o banheiro.
Nas imagens, a jovem mostra o machucado para a prima e a abraça por cerca de um minuto. Quando o segurança se aproxima para questionar o motivo do choro, ela volta a exibir o ferimento. Além de fortalecer as acusações, a lesão no joelho pode provar que houve estupro e acarretar um aumento na possível pena do atleta. Na Espanha, a pena inicial é de 4 a 12 anos, podendo chegar a 15 anos, caso haja “violência de extrema gravidade” durante a agressão sexual.
De acordo com o UOL, a incapacidade da defesa do jogador de explicar o ferimento em questão é um dos principais pontos. No Tribunal, o advogado Cristóbal Martell, representante de Alves, se referiu à lesão como “escoriação”. Neste sábado, o atleta completa quatro meses de detenção, e o julgamento ainda não tem data prevista.
Depoimentos do jogador
Inicialmente, Daniel Alves havia alegado que não conhecia a jovem e negou qualquer tipo de contato. Logo após, confrontado por imagens de câmeras de segurança, ele afirmou que a moça tinha feito sexo oral nele. Depois, o atleta admitiu pela primeira vez que houve penetração vaginal. Mais recentemente, ele enfatizou que o ato teria se dado de forma consensual. Para justificar as diferentes versões, o jogador afirmou que mentiu em juízo para tentar esconder a infidelidade de sua – agora – ex-esposa, Joana Sanz.
Durante o depoimento, o lateral da seleção brasileira voltou a afirmar que não houve estupro e que a denunciante foi ao banheiro da boate por “sua própria vontade”. Para “endossar” a fala de Daniel, a defesa dele levou as imagens das câmeras de segurança do local, alegando que “não há indícios de que houve agressão sexual”. As imagens estão em poder dos advogados de ambas as partes e do Tribunal de Justiça da Catalunha, mas não podem ser divulgadas.
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