Detido desde a sexta-feira (20), por agressão sexual, Daniel Alves divide sua cela do centro penitenciário Brians com outro brasileiro. A informação foi divulgada pelo jornal espanhol El Periódico de Catalunya. O homem seria ex-guarda-costas de Ronaldinho e cumpre pena pelo mesmo crime que o atleta é acusado.
Segundo o veículo, o colega de cárcere se chama Coutinho e tem ensinado as regras de convivência do local para Alves. Os dois estão dividindo uma cela com cama beliche, banheiro e ducha e passam o tempo competindo em jogos de tabuleiro. “O papel do companheiro de cela de Alves é muito importante, porque, dada a forte decisão da juíza e a investigação extensa, documentada e detalhada, tudo parece indicar que Alves pode passar muito tempo na prisão”, disse uma fonte ao jornal.
A prisão onde se encontra Daniel inclui salas de informática, salas de música, amplo auditório para 250 pessoas, quadras poliesportivas cobertas, piscina, quadras de tênis, academia coberta, biblioteca e diversos espaços para atividades. Além disso, o ex-integrante da Seleção Brasileira também tem sido considerado um “preso de confiança” pela administração da cadeia.
Apesar da condenação, o futebolista tem chamado a atenção de outros presos. Recentemente, um homem que foi liberado da mesma prisão exibiu o autógrafo que recebeu da antiga estrela do Barcelona. “Abraço com amor”, escreveu o brasileiro na dedicatória, acrescentando uma carinha sorridente. “Esse cara tem muitos milhões, pode sair com quem ele quiser”, sugeriu o ex-preso, ainda afirmando que ninguém o chamou de “estuprador”.
Daniel Alves foi detido em 20 de janeiro, após ser acusado de abuso sexual na Espanha. Segundo a denúncia, que está na Justiça da Catalunha, uma mulher de 23 anos declarou que foi abusada sexualmente pelo jogador durante uma festa em Barcelona, em 30 de dezembro de 2022.
A juíza espanhola Maria Concepción Canton Martín, do Juizado de Instrução 15 de Barcelona, ordenou a prisão preventiva e sem direito a fiança do atleta. Com a ordem, Daniel seguirá preso até passar por um julgamento, que ainda não tem data ou previsão para ocorrer. Segundo uma fonte revelou à AFP, ao determinar a prisão, a juíza levou em conta as condições financeiras do jogador, o fato de ele não ter raízes no país, e a ausência de um acordo de extradição entre Brasil e Espanha.
De acordo com o ‘El País’, a mulher, de 23 anos, não pretende receber qualquer indenização, querendo apenas que se faça justiça e que Daniel Alves seja preso. Enquanto isso, as autoridades seguem investigando o ocorrido, tomando depoimento de testemunhas, realizando a perícia do local e avaliando os exames médicos. Ele pode pegar até 12 anos de prisão caso condenado.
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