Em vídeo divulgado na sexta-feira (22), dois homens arriscaram as próprias vidas e as vidas de seus colegas ao pularem de paraquedas do teto de um carro em movimento na Ponte Rio-Niterói, que liga a capital fluminense à Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Divulgadas nas redes sociais pelos próprios paraquedistas – um deles chamado Gabriel e o outro, João Correia – as imagens mostram os dois no topo de um carro que atravessa a ponte, esperando a oportunidade certeira para o salto. Veja:
Momentos depois, um deles faz o pulo e aterrissa na água, seguido pelo amigo que acaba pousando em uma das bases da ponte. Outro homem, de moto aquática, resgata a dupla, que comemora o feito. Os momentos de adrenalina foram registrados com câmeras Go Pro que eles mesmos seguravam.
Assista:
A modalidade se chama “base jump” e se trata de um esporte em que são realizados saltos de penhascos, antenas, prédios e outras estruturas, com pouco tempo de queda livre. Para isso, é usado um paraquedas apropriado para aberturas em baixas altitudes.
“Brincadeira” virou caso de polícia
Apesar de ter reunido mais de 30 mil visualizações nas redes, a aventura eletrizante não acabou tão bem para os paraquedistas – a assessoria da Ecoponte afirmou, através de comunicado, que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já identificou os responsáveis e diz que ambos responderão pelo caso “conforme a legislação Penal, Civil e de trânsito”.
O registro foi feito primeiro pelo sistema policial da PRF e será apresentado na Polícia Judiciária posteriormente. Ainda de acordo com a assessoria, outros órgãos, como a Marinha, também serão envolvidos na investigação.
Entre os crimes cometidos pelos atletas, a Polícia Rodoviária irá analisar os seguintes artigos: Art. 67, pela falta do uso de cinto; Art. 235, por conduzir pessoas na parte externa do veículo; Art. 174, por promover exibição não autorizada em via e, finalmente, Art. 192, pela não guarda da distância lateral da pista.
A Marinha também se pronunciou sobre o assunto e, em nota, afirmou que, até a noite deste domingo (24), a Capitania dos Portos não recebeu informações sobre pedidos de socorro no mar ou qualquer acidente com embarcações envolvendo o caso registrado em vídeo. A Capitania também afirmou que as imagens “foram encaminhadas para as autoridades competentes, para a adoção das medidas pertinentes“.