Luan, do Corinthians, mostra roupa ensanguentada após agressão em motel; polícia identifica suspeitos

O atleta estava no motel Caribe, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, quando foi surpreendido por torcedores do Timão

Luan foi agredido por torcedores. (Foto: Getty)

Na madrugada desta terça-feira (4), o jogador Luan Guilherme, atacante do Corinthians, foi agredido dentro de um motel por torcedores do clube paulista. Há pouco, nas redes sociais, o atleta se manifestou e compartilhou uma imagem do shorts ensanguentado, resultado do ataque.

Além de mostrar a peça de roupa, Luan, que tem evitado o uso de plataformas online, escreveu na legenda: “Não é só futebol”.

Luan Guilherme expõe shorts ensanguentado, resultado das agressões. (Foto: Reprodução/Instagram)

As agressões ocorreram no mesmo dia em que o jogador concedeu uma entrevista na qual falou sobre sua passagem pelo Corinthians. O atacante revelou que pediu uma chance ao treinador Vanderlei Luxemburgo, mas não obteve sucesso. No último domingo (2), Luxemburgo alegou que “a torcida não quer” o retorno do futebolista ao time.

Segundo informações do Globo Esporte, o atleta estava no motel Caribe, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, quando foi surpreendido por torcedores do Timão. Luan Guilherme, que estava acompanhado de cinco amigos e quatro mulheres, teria sido retirado do motel à força, enquanto os torcedores cobravam a rescisão imediata de seu contrato com o alvinegro.

Luan Guilherme foi contratado em 2020 por R$ 28,9 milhões e recebe um dos maiores salários do atual elenco. Em 2022, o Corinthians fechou o ano devendo R$ 4,5 milhões ao meia por direitos de imagem. A última partida de Luan pelo time foi em fevereiro do ano passado, acumulando 80 jogos, 11 gols e cinco assistências.

Há poucos dias, o presidente do clube, Duilio Monteiro Alves, disse que gostaria de rescindir o contrato do jogador de uma vez por todas, mas alegou que o time não tem dinheiro para fazer um acordo, pois teria que pagar os seis meses restantes de salário de uma só vez. Na web, rumores apontam que o ataque seria uma forma de conseguir a recisão do atleta “à força”.

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Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra o exato momento das agressões. Luan sofreu agressões na região das costelas, mas passa bem. Questionados sobre o incidente, os funcionários do motel afirmaram que não podem se manifestar sobre o caso.

 

Polícia identifica sete suspeitos e Corinthians se manifesta

Com a ajuda de vídeos e fotos que circularam nas redes sociais, a Polícia Civil identificou sete suspeitos da invasão ao motel e das agressões contra Luan.

Segundo o delegado Daniel José Orsomarzo, os registros foram tirados dentro de uma lanchonete no centro de São Paulo, e mostram sete pessoas com os rostos descobertos. O autor da publicação escreveu na legenda: alvo encontrado com sucesso. Agentes também já visitaram o motel que foi cena do crime e solicitaram imagens de câmeras de segurança, que devem auxiliar na investigação.

As autoridades suspeitam que pelo menos alguns dos responsáveis integram a diretoria de uma das torcidas organizadas do Timão. Até as 15h de hoje, o atleta ainda não havia comparecido a uma delegacia para registrar Boletim de Ocorrência. Por lei, o futebolista tem até seis meses para denunciar seus agressores.

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Após o incidente, o clube paulista repudiou a ação dos agressores e lamentou o ocorrido. “O Sport Club Corinthians Paulista recebeu com tristeza e indignação a informação de que o atleta Luan foi agredido por supostos torcedores na madrugada desta terça-feira (04), em São Paulo. O clube acompanha a apuração dos fatos e está oferecendo todo o suporte necessário ao jogador, como sempre fez desde a sua chegada, em 2020. Depois de mais um repugnante caso de violência, o Corinthians lamenta o atual momento de intolerância que domina o futebol brasileiro. Nada justifica a agressão covarde sofrida pelo atleta”, disse no clube, em nota à imprensa.

A polícia também foi acionada pela diretoria do clube paulista. “Fui procurado pelo presidente Duilio Monteiro Alves e estou averiguando o caso. O Corinthians não conseguiu falar com o jogador nem o representante dele, mas já colocou o departamento jurídico em alerta para tratar desse tema”, disse o delegado Cesar Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva.

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