Advogada de Wilma Petrillo fala sobre causa da morte de Gal Costa após pedido do filho da cantora na Justiça

Em nova entrevista, a advogada de Wilma Petrillo negou qualquer incerteza em torno da partida da artista

Na última quarta-feira (13), o filho da cantora Gal Costa, Gabriel Costa Penna Burgo, entrou na Justiça com uma petição, solicitando a exumação do corpo da mãe. Ontem (20), Vanessa Bispo, advogada de Wilma Petrillo, viúva de Gal, se manifestou sobre o caso.

A estrela faleceu em 9 de novembro de 2022. Em sua certidão de óbito, consta que o ícone da MPB morreu devido a um infarto agudo do miocárdio. Ela também sofria de um câncer de cabeça e pescoço. Entretanto, o herdeiro de Gal afirmou que há “dúvida razoável” em torno da morte e, por esse motivo, requisitou uma “avaliação definitiva” sobre as causas do falecimento.

Após o requerimento, Vanessa Bispo falou sobre o imbróglio. Ao jornal O Globo, a advogada negou qualquer incerteza em torno da partida da artista. [Gal] tratava um câncer agressivo na região do nariz, conforme atestam prontuários médicos do hospital Albert Einstein”, explicou a defesa de Wilma.

Gabriel Gal Costa
Gabriel é o filho de 18 anos de Gal Costa. (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

A petição, à qual o jornal teve acesso, relata que Gal foi encontrada por Wilma no chão do quarto, já sem vida. Gabriel teria sido chamado ao cômodo por Petrillo, logo na sequência. O documento aponta que “percebia-se uma espuma” na boca da cantora. Nas vésperas de sua partida, a saúde da baiana estava “regular, cotidiana e normal”, de acordo com o texto.

À Justiça, o herdeiro solicitou uma necrópsia a fim de uma “nova avaliação” da causa da morte, para que seja “esclarecida de forma definitiva”. O jovem declarou haver “dúvida razoável” em torno do falecimento da mãe. A informação foi confirmada por Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Há, ainda, o pedido de transferência dos restos mortais de Gal de São Paulo para o Rio de Janeiro. Gabriel pretende enterrar a cantora ao lado da mãe dela, Mariah Costa Penna, em um jazigo perpétuo no Cemitério São João Batista, na Zona Sul da cidade, assim como era o desejo de Gal.

Na época da morte da artista, seu filho era menor de idade. Assim, coube a Petrillo decidir onde Gal seria sepultada. Wilma escolheu o Cemitério da Ordem Terceira do Carmo, em São Paulo. Mas, segundo o processo, a decisão “causa perplexidade a todos, quiçá suspeitas”, já que vai de encontro com o desejo da própria cantora.

Gal Costa e Wilma Petrillo teriam ficado juntas por mais de 30 anos (Foto: Globo; Reprodução/Arquivo Pessoal)

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Por fim, na mesma ação, Gabriel questionou um documento que reconhece a união estável entre Wilma e Gal. Elas, de acordo com Petrillo, se relacionaram por 30 anos. A defesa da empresária afirma que o relacionamento romântico é “inquestionável”. “Gabriel nunca viveu um dia sem morar na mesma casa em que Wilma, que cuidava dele como mãe. As duas viveram como esposas até o último dia da vida de Gal”, declarou Bispo.

Entretanto, a advogada de Gabriel, Luci Vieira Nunes, rebateu o argumento na semana passada, afirmando que “é inequívoco que, se elas realmente tiveram uma relação, esta já havia acabado há muito tempo”. Ela negou, ainda, que a exumação tivesse o intuito de investigar a morte da artista.

Na mesma ação, Gabriel também reivindicou seu direito à herança deixada pela mãe adotiva. O jovem – agora com 18 anos – contestou a fração dos bens pedida por Wilma, que atuava como empresária da cantora.

Até o momento, Petrillo não foi citada judicialmente e sua defesa não teve acesso à ação, que corre em segredo de Justiça. Sua defesa reforçou que as alegações são “inverídicas e serão rebatidas nos autos do processo“.

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