Arlete Salles expôs sua luta contra a herpes-zóster, em depoimento à série documental “Dor”, do Globoplay, que aborda a experiência de homens e mulheres que convivem e batalham contra os obstáculos impostos por dores intensas e crônicas.
Na produção, a atriz de 80 anos, conhecida por diversos trabalhos na TV Globo como “Toma lá, Dá Cá” e “Pedra sobre Pedra”, detalhou como recebeu o diagnóstico e o susto que levou ao notar as consequências da doença em seu corpo.
“Eu costumo dizer que sofro de covardia física. Tenho pavor de dores, agulhas, cortes e furos. A herpes-zóster começou assim: a orelha passou a doer. Eu achava aquilo estranho e fiquei constrangida de conversar com meu médico”, confessou Arlete.
A condição, popularmente conhecida como Cobreiro, trata-se de uma doença infecciosa, causada pelo vírus varicela zóster, o mesmo da catapora. Quando o paciente se infecta com a catapora, o vírus permanece no organismo mesmo após a cura e não se sabe o que pode reativá-lo. Entre os sintomas, estão irritações dolorosas na pele, que podem aparecer como uma faixa de bolhas no tronco, coceira, formigamento, dor de cabeça e febre, entre outros.
No documentário, Salles detalhou um episódio traumático, que a fez procurar por tratamento. “Estava dirigindo e senti uma coisa estranha. Quando olhei no espelho, minha boca estava quase na orelha. Eu me desesperei num grau porque achei que estava tendo um AVC (…)”, lembrou Arlete.
“Levei um susto enorme e só pensava no meu trabalho: ‘Minha carreira agora acabou! Não vou mais conseguir trabalhar com essa boca torta’. Foi desesperador. Eu fiquei boa, mas penei, sofri. Para quem diz que sofre de covardia física, precisei de muita coragem”, acrescentou.
A série, que é uma coprodução da VBrand e da Cine Group, estreia em novembro no Globoplay.
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