O influenciador Thiago Schutz, conhecido como Calvo do Campari, se manifestou sobre as acusações de agressão e tentativa de estupro contra a então namorada, Laís Gamarra. Em vídeo compartilhado no Instagram, nesta terça-feira (2), ele apareceu com ferimentos no rosto e deu a sua versão sobre a noite da discussão.
No início da gravação, Schutz afirmou que “toda história tem dois lados”. “Não sou um cara perfeito, tenho os meus erros, só que me imputarem um crime, uma tentativa de estupro, algo que eu nunca fiz e jamais faria na minha vida, é gravíssimo. Eu anotei ponto a ponto, toda a minha versão, pois é um caso extremamente sério e forte“, declarou.
Segundo o criador de conteúdo, ele “errou” em deixar o relacionamento ultrapassar o respeito mútuo. “Um erro que cometi. Eu estou com ferimentos e arranhões no meu rosto por conta de uma múltipla agressão que nós tivemos. Foi uma discussão muito acalorada quando eu quis terminar o relacionamento, após dias e dias discutindo, tentando se reconciliar, fazer dar certo e não chegando a lugar algum“, alegou.
Schutz disse que passaria o fim de semana inteiro com Gamarra e nunca teve a intenção de machucá-la. “Assim como eu também acredito que ela nunca teve a intenção em me machucar, deixo isso muito claro. Eu nunca preguei violência de nenhum tipo de violência nos meus quatro, cinco anos de pessoa pública“, afirmou ele, salientando que tampouco publicou conteúdo incentivando qualquer tipo de violência.
O influenciador, por sua vez, lamentou que tenha ocorrido a agressão. “Infelizmente, acabou acontecendo e eu assumo os meus erros. Eu sei que errei. Como eu também estava sendo agredido, eu dei sim um empurrão nela. Eu tentei afastá-la de mim pelo pescoço. Eu estava bêbado? Claramente“, afirmou.
Na sequência, Schutz revelou que “tem problema com álcool” e não deveria ter bebido. Além disso, detalhou o comportamento de Gamarra no relacionamento. “Ela sempre demonstrou ser apaixonada por mim. Ela sempre foi bastante carinhosa, sempre me fazia favores, não posso negar. Ela falava frequentemente em casar, e a gente conversava sobre isso frequentemente, e também tinha a intenção de ter filhos“, compartilhou.
O criador de conteúdo também expôs a vida sexual deles. “O sexo era muito intenso, muito selvagem e acalorado. Em um nível que praticamente não dá para explicar. Eu sempre recebia textos e mensagens extremamente picantes e de cunho sexual por parte dela, em quantidade absurda, assim como a iniciação dos atos sexuais“, contou. No entanto, ele falou que não pretende mostrar essas conversas com Gamarra no momento.
Red Pill
Schutz ainda negou ser integrante do movimento misógino chamado “Red Pill”, no qual homens abordam ideologias contra as mulheres em seus discursos. “Não represento nenhum movimento. Não sou líder de nada. Sempre trouxe aos meus seguidores algumas ideias do ‘Red Pill’, além dos conceitos de masculinidade geral e de relacionamento. Coisas que eu vivi, que eu ouvi de pessoas, que eu li e estudei. Mas não sou líder de nada“, reiterou.
Para ele, seus seguidores estão em relacionamentos melhores por conta de seus conselhos. Por fim, o influenciador disse que sempre tratou a todos com “respeito”, especialmente as mulheres. “Eu acredito muito em Deus e sempre tratei todo mundo com total respeito, porque foi assim que a minha mãe me ensinou. ‘Trate todo mundo com respeito, principalmente as mulheres’. E novamente eu preciso reafirmar, com todas as palavras, que não existiu nenhum estupro e nenhuma tentativa de estupro da minha parte. Nem hoje, nem nunca, nem no futuro. Isso eu garanto“, completou.
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O caso
Schutz foi preso no dia 28 de novembro, em Salto, no interior de São Paulo. De acordo com o boletim de ocorrência obtido pelo Splash UOL, a discussão entre ele e Gamarra começou quando ela se recusou a manter relações sexuais. A negativa teria motivado uma sequência de agressões que, segundo o documento, incluiu tapas, chutes, puxões de cabelo e golpes no rosto.
O laudo pericial confirmou que Gamarra apresentou diversas lesões. O documento aponta que ela foi “alvo de, no mínimo, 11 agressões que violaram sua integridade física, distribuídas pela face e pelos membros superiores e inferiores, incluindo sinais de tentativa de defesa“. No B.O., o influenciador afirmou que não obrigou a então namorada a manter relações sexuais.
Em entrevista ao “Domingo Espetacular”, Gamarra deu a sua versão sobre o ocorrido. “A gente começou a tomar vinho e quando vejo, ele está em cima de mim, me enforcando. É difícil falar isso, mas parecia que ele realmente queria me matar“, contou ela, apontando que o influencer teria tentado estuprá-la. “Eu falei: ‘Tiago, eu não quero fazer isso agora, vai me machucar’. Ele ficou transtornado, começou a me xingar de vagabunda, falou que eu já tinha feito isso com outras pessoas. Eu levantei pra ir embora, só que na hora que eu estava no corredor, ele puxou o meu cabelo, me enforcou na parede e começou a dar muito tapas“, completou.
Schutz foi solto no dia seguinte à agressão, após passar por audiência de custódia. Ele obteve liberdade provisória desde que cumpra medidas cautelares, como a proibição de se aproximar da vítima e de entrar em contato com ela, por qualquer meio de comunicação, seja por aplicativo de mensagens ou redes sociais. O influenciador também não pode frequentar bares e casas noturnas. A defesa afirmou que ele está colaborando com a Justiça e respeitará todas as determinações legais.
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