Casa hippie, inspiração em guru indiano e crises de depressão: Alok revela detalhes de sua trajetória e lembra de infância alternativa!

Antes de se tornar um dos maiores DJs da atualidade, Alok Petrillo passou por diversas experiências em sua vida. Em entrevista à Folha, divulgada nesta segunda-feira (11), o músico goiano recordou sua trajetória e falou de momentos difíceis, como quando teve crises de depressão. O artista também contou a origem inusitada de seu nome.

Segundo Alok, foi o guru indiano Osho quem sugeriu o seu nome aos pais dele, numa viagem à Índia. O líder espiritual ainda inspirou o nome de Bhaskar Petrillo – irmão do DJ – assim como os codinomes artísticos da DJ Ekanta (Adriana) e do DJ Swarup (Juarez Achkar Petrillo), pais do hitmaker.

Osho, guru indiano, foi quem inspirou o nome de Alok. (Foto: Reprodução/Netflix)

Osho ficou bastante conhecido pela série documental “Wild Wild Country”, da Netflix. Mas, para Alok, essa é uma representação que não condiz à realidade do Guru. “É uma visão distorcida. Igual a minha história contada por alguém que não gosta de mim”, opinou o DJ.

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Infância alternativa

Alok lidou com situações incomuns desde a infância, como quando morou na Holanda numa espécie de “cortiço cosmopolita”, ocupando um hospital abandonado com a mãe, a tia e seu irmão gêmeo. No Brasil, seus pais foram pioneiros no estilo psy trance – vertente da música eletrônica. Por conta disso, o ambiente das festas e dos programas de produção sempre fizeram parte de sua vida – ele discotecou a primeira vez aos nove anos.

Mas essa realidade nem sempre o deixava confortável. “Comecei a entender que, na real, de onde eu vim que era diferente. As pessoas apontavam o dedo e eu caí nessa armadilha. Comecei a querer um pai que tivesse uma vida normal. Perguntavam ‘seus pais fazem o quê?’, e eu dizia que eram DJs. ‘Como assim DJs?’ Aí comecei a mentir que meu pai era empresário”, lembrou ele sobre quando foi a Brasília, na época em que os pais já eram divorciados.

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Nesse período, Alok explicou que viveu numa casa ao estilo hippie, também com uma rotina alternativa. “Era meio hippie mesmo. Não tinha sofá, era só tapete. Som alto. Meu pai chegando na hora que a gente estava acordando”, recordou.

Incertezas na carreira

Em certos momentos, Alok teve muita dúvida sobre a carreira de DJ. “Chega uma hora que você passa a questionar. Meu pai passando dificuldades, minha mãe passando dificuldades, todos os amigos DJs deles passando dificuldades. Será que eu vou seguir esse caminho?”, mencionou, sobre pensamentos passados. Mas ele e Bhaskar não desistiram, viajaram a Londres para tentarem se estabelecer por lá como um duo eletrônico, o Logica.

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Pouco depois, a aventura dos dois chegou ao fim. “Eu queria ser mais comercial e ele queria ser mais underground”, disse Alok sobre o irmão, que desistiu da ideia da dupla. O próprio Alok chegou a ficar desmotivado. “Estava cheio de shows lá fora, minha música estava no top três global de psy trance num site que era referência. De repente, me vi trabalhando no bar. Não tinha mais a dupla, meu pai tinha tomado muito prejuízo no Universo Paralello, estava quebrado. Trabalhava na mesma balada em que eu tinha tocado”, contou.

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Depressão

De volta ao Brasil, há dez anos, Alok investiu na sua carreira solo. Em 2016, com “Hear Me Now”, ele atingiu o topo das paradas mundiais e se tornou um grande hit. No entanto, dois meses antes da música ser lançada, ele enfrentou sua última crise de depressão.

Alok enfrentou uma crise de depressão pouco antes do lançamento de “Hear Me Now”, um de seus maiores hits. (Foto: Reprodução/Multishow)

“Tive algumas depressões meio punks na vida. Sempre vinha a mesma pergunta: o que vem depois da morte? Não tinha resposta. Na minha última depressão, percebi que não estava com medo de depois da morte, eu já sabia que existe algo. Eu queria saber o sentido da vida”, citou o astro.

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Uso de drogas

Alok também abordou o uso de drogas, expondo que nunca sentiu atração por isso: “Não tem como esconder isso [o uso de drogas]. É a minha verdade. Não julgo quem usa, acho que é uma escolha individual”. O DJ explica que apenas bebe vinho de vez em quando, e que tomou ayahuasca duas vezes (uma delas, aos nove anos). “Venho de uma criação em que tive acesso a tudo, nunca foi um tabu. Então, nunca tive curiosidade de ir atrás porque não era nada proibido”, revelou.

Semanas atrás, Alok iluminou o céu de São Paulo com sua live em casa. (Foto: Reprodução/ Instagram/ Multishow)

Hoje, Alok segue somando uma coleção de hits, estrelando em diversos festivais mundo afora. Na semana passada, em sua live, o artista chamou atenção com uma série de luzes e efeitos pirotécnicos em sua cobertura, agitando milhões de espectadores pela TV. Certamente, sua trajetória ainda vai longe! Para conferir a entrevista na íntegra, clique aqui.