Cindy Crawford relembra morte do irmão mais novo aos 3 anos e cita sentimento de culpa

Em recente entrevista, a supermodelo revelou o que gostaria de ter ouvido dos pais naquele momento

Cindy Crawford abriu o coração ao falar sobre a morte de seu irmão mais novo. A supermodelo relembrou o assunto em entrevista ao podcast “Kelly Corrigan Wonders” e revelou o quão culpada se sente pelo falecimento de Jeffrey, que morreu de leucemia aos 3 anos. “Há aquela culpa de sobrevivência das outras crianças“, declarou ela.

No episódio, que foi ao ar neste fim de semana, Crawford contou que seus pais, John Crawford e Jennifer Sue Crawford-Moluf, tiveram três filhas antes do caçula finalmente vir ao mundo. “Não tenho certeza se eles definitivamente queriam quatro filhos, mas queriam um menino“, relembrou.

Meu pai queria um menino, então o quarto foi o menino. E eu acho que havia muita culpa… há aquela culpa de sobrevivência das outras crianças, principalmente porque sabíamos que meu pai realmente queria um menino, e nós sentimos que, bem, deveria ter sido uma de nós. Foi muito estranho durante anos“, acrescentou a artista.

Crawford explicou que, por muito tempo, por conta do desejo do pai de ter um filho homem, achava que eram elas quem deveria ter morrido no lugar do irmão. Ela, que na época tinha 8 anos, revelou o que desejou ter ouvido dos pais naquele momento. “A minha mãe não saberia, ela tinha 26 anos e acabara de perder um filho, mas eu precisava ouvir: ‘Sim, estamos tão tristes que Jeff morreu, mas estamos tão felizes que vocês estão aqui’“, pontuou.

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A supermodelo afirmou que muitas pessoas não estão preparadas para conversarem sobre a morte. “Não falamos sobre a morte em nossa cultura e não falamos sobre o que você diz a alguém quando ela perde alguém. Infelizmente, meus filhos perderam amigos por causa de acidentes de carro, fentanil e todas as coisas malucas que esses jovens estão enfrentando agora“, seguiu Crawford, que é mãe de Presley Gerber e Kaia Gerber.

Atualmente com 58, Crawford tinha 8 anos quando o irmão faleceu. (Foto: Getty)

Eles sempre ficam tipo, ‘o que dizemos?’ E eu tento ajudá-los com palavras“, disse ela. “Lembro-me de quando voltei para a escola depois que o meu irmão morreu e nenhuma pessoa me disse nada, sem brincadeira, exceto uma criança, que foi tipo, ‘eu vi no jornal que seu irmão está morto, isso é verdade?’ Eu fiquei tipo, ‘uau’. Ele não sabia o que dizer. Estávamos na terceira série. Então, ser um exemplo para nossos filhos, essas habilidades de não ter medo… às vezes, isso abre portas“, recordou.

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Por fim, a artista ressaltou a importância de demonstrar empatia nos momentos mais difíceis. “Muitas pessoas simplesmente ignoram isso, ou não querem tocar no assunto porque não querem incomodar a pessoa. E para mim, de qualquer maneira, não sinto isso, sinto que é uma oportunidade para chorar, rir, compartilhar ou algo assim“, concluiu.

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