Deborah Secco foi a convidada da semana do “Diaz On”, programa de entrevistas comandado por Carla Diaz, e não poupou detalhes da vida particular. Em um dos momentos, a atriz abriu o coração sobre seu casamento com o marido Hugo Moura, e deu detalhes do casamento, no qual os dois têm liberdade para se relacionar com outras pessoas.
No episódio, publicado nesta quarta-feira (24), Carla questionou Deborah acerca das críticas que a artista sofre por expôr sua opinião sobre temas considerados polêmicos. “A minha vida é muito maior do que uma fala polêmica sobre sexo. Eu tenho muitas falas polêmicas sobre sexo, pra mim não são polêmicas, mas eu tenho opiniões que são polêmicas pra nossa sociedade”, afirmou.
Ela ainda explicou que a imagem que os internautas têm dela é bem diferente da vida real. “A minha vida é tão diferente, a Deborah que eu sou poucas pessoas conhecem. As pessoas acham que eu sou super baladeira… eu sou preguiçosa, não sou festeira, eu nunca bebi álcool, eu sou quieta, eu sou quase tímida. A crítica não é sobre mim, é sobre uma Deborah diferente de mim, então não me atinge”, argumentou.
Em seguida, Deborah usou o casamento com Hugo como exemplo. “Quando eu falo sobre relações abertas, sobre monogamia, liberdade sexual, prazer… Eu tento enxergar as relações de verdade. Eu acho difícil mesmo homens monogâmicos a longo prazo. Acho difícil pessoas monogâmicas a longo prazo, se você pensar 50, 60 anos juntos. Eu acho quase impossível. Homens então… Se você colocar a relação de duas mulheres, eu acredito que seja possível. Difícil, mas possível. Homens eu não acredito mesmo”, introduziu o assunto.
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Questionada pela colega o motivo, Secco explicou: “Porque eu acho que o homem foi criado pra não ser monogâmico, a sociedade criou o homem pra ser garanhão, o gostosão, o comedor. É difícil você mexer numa coisa que é tão entranhada no social, que foi entranhada nesses caras lá na infância. Talvez eles até queiram ser, mas eles foram criados pra não ser. E eu não vou mais ser a corna idiota. Eu não quero esse lugar pra mim”.
A veterana das telenovelas também detalhou seu relacionamento com o modelo. Para ela, a conversa e os combinados diários são a fórmula de manter a relação verdadeira. “Eu sou casada com o cara que eu mais amo, meu melhor amigo, pai da minha filha, meu parceiro, o cara que sabe tudo sobre mim: o meu pior e o meu melhor. Eu não posso mentir pra esse cara, ele não pode mentir pra mim. Eu tenho que saber tudo dele, ele tem que saber tudo de mim. A gente tem que ser honesto e a gente tem que aceitar que vivemos numa sociedade que é difícil demais, que pessoas interessantes vão surgir a cada momento e que eu vou cruzar com uma pessoa interessante, e eu vou chegar em casa e a gente vai conversar sobre isso. Ou não também, como escolha, mas a gente vai saber que vivemos isso”, esclareceu. “Talvez a gente não converse caso a caso, talvez a gente precise refazer combinados ao longo da vida”, acrescentou.
Deborah apontou o termo “relação aberta” não serve para definir seu casamento com Hugo porque sua “relação é combinada diariamente”. “Talvez num momento em que a gente esteja frágil, seja melhor fechar a relação porque a gente pode se perder. Talvez, num momento em que a gente esteja forte, a gente pode se divertir e o sexo ser um sexo casual que não interfira no que a gente sente um pelo outro. Mas isso vai ser combinado no dia a dia. O que eu não quero é que ele minta pra mim”, reforçou.
Os dois estão juntos desde 2015 e são pais de Maria Flor, de 8 anos. Para a atriz, os cuidados com a filha podem acabar esfriando o casamento, o que precisa ser analisado constantemente. “A gente tá fazendo nove anos juntos, a gente tem uma filha… Quem tem filho sabe, é dificílimo. O filho destrói o tesão, a paixão. Você tá ali discutindo se a criança pode comer doce ou se não pode, se ficou muito no iPad ou se não ficou. Tira todo o glamour de uma relação, e a gente precisa encontrar a nossa força em outro lugar. O casamento pra mim é encontrar a nossa força em outro lugar que não a paixão. A paixão é muito forte e ela sustenta relações, mas por quanto tempo? A verdade sustenta relações que, se você souber administrar, podem ser eternas”, pontuou.
E completou: “Combinados são legais. A gente tá tão bem hoje: ‘Vamos transar diferente hoje? Vai interferir no que a gente sente? Tem risco aqui? Pode estragar o que a gente tem de tão precioso?’. Eu não acredito mesmo nesse formato do casamento dos meus pais, que se separaram obviamente, porque é um casamento de hipocrisia, é um casamento por debaixo dos panos, um casamento onde a gente vai fazer, mas não vai falar. Eu não quero isso pra mim. Eu não quero que em 20 anos eu descubra que toda a minha vida foi uma mentira, que aquela pessoa com quem eu dividia os meus dias não era o cara que eu achei que era. Isso pra mim é perder a minha vida. Eu quero relações reais e, pra que elas sejam reais, a gente precisa mudar os padrões”.
Por fim, Deborah opinou sobre infidelidade e afirmou que usa seus próprios erros para evoluir como pessoa. “Uma traição não é um erro com o outro, é um erro com você. Você escolheu uma parada e não tá fazendo jus a sua escolha. É da dor que a gente cresce, olhando para os nossos erros”, concluiu. Assista ao papo na íntegra:
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