A morte de Ana Benevides, fã de Taylor Swift que perdeu a vida no primeiro show da norte-americana no Brasil, continua repercutindo e chegou aos ouvidos de Dulce Maria. Em sua chegada ao México, após passagem da “Soy Rebelde Tour” por aqui, a artista comentou sobre a tragédia em entrevista ao programa “Nota Del Dia”.
Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, estava acompanhada de uma amiga quando começou a sentir um mal-estar dentro do Estádio Nilton Santos, na sexta-feira (17), data da primeira apresentação da “The Eras Tour” no Brasil. Ela chegou a ser socorrida, mas teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.
Questionada sobre o ocorrido, Dulce prestou sua solidariedade aos familiares de Ana e ainda recordou o fatídico show no estacionamento do supermercado Extra, em 2006, quando três fãs da banda mexicana morreram pisoteados após um tumulto durante uma apresentação.
Segundo Dulce, a tragédia foi um aprendizado, já que a partir daí o RBD teria reforçado a segurança dos fãs em suas apresentações, para evitar que situações como a de 2006 se repetissem. “É algo terrível, não há palavras [para expressar]. Nós passamos por isso e é a coisa mais horrível que pode acontecer com você, mas agradecemos a Deus pela experiência que tivemos”, comentou. “Não queríamos que isso acontecesse novamente”, garantiu ela.
Por fim, Dulce Maria afirmou que, felizmente, medidas teriam sido tomadas para melhorar as condições e segurança dos fãs para as próximas apresentações de Swift no Brasil.
Dulce María, ao ser questionada sobre caso de morte no show de Taylor Swift no Brasil, diz: “nós já passamos por isso (no RBD) e é a coisa mais horrível que pode te acontecer” pic.twitter.com/58tfdlSV9x
— rbdmaniaco (@rbdmaniaco) November 22, 2023
Relembre o caso
Em 4 de fevereiro de 2006, o RBD – grupo então composto por Alfonso Herrera, Anahí, Dulce Maria, Maite Perroni, Christian Chavez e Christopher Uckermann – fez sua primeira passagem pelo Brasil para divulgar não só a novela “Rebelde“, como também os álbuns da banda.
Para a ocasião, um pocket show seguido de uma tarde de autógrafos em um supermercado da rede Extra foram programados, com a expectativa de receber 3 mil fãs. Entretanto, cerca de 10 mil pessoas compareceram ao local, mais do que o triplo do que o espaço comportava. Logo na primeira canção, o tumulto tomou conta e as grades de segurança foram derrubadas, fazendo com que várias pessoas caíssem no chão e fossem pisoteadas. Jenifer Xavier, de 11 anos, Fernanda Pessoa, de 13, e Cláudia Cristina Oliveira, de 38 anos, perderam a vida após uma parada cardiorrespiratória, assim como Ana Benevides. Outras 40 pessoas ficaram feridas.
Na época, o fenômeno mexicano – então no auge de sua carreira – entrou em contato com os familiares das vítimas e, em entrevista ao Programa do Ratinho, prestou condolências publicamente aos familiares. “Viemos com todo o amor, com a intenção de entretê-los. Estamos muito tristes, muito impressionados com isso”, lamentou Anahí, aos prantos. “Queremos dar os pêsames para as famílias. É uma tristeza muito profunda”, ressaltou Herrera.
04.02.2006 aconteceu a maior tragédia da carreira do RBD
3 jovens morreram pisoteados na tarde de autógrafos no estacionamento de um shopping em SP nossa geração segue em luto por esses anjinhos 😟@Anahi @DulceMaria @MaiteOficial @christiancha @christopheruck @ponchohd #RBD pic.twitter.com/CmmMQVx9IX— Daniel quer ver o RBD em 2024 (@RBDanielHahn) February 4, 2019
Este ano, Poncho – que já não integra o RBD – mencionou o impacto do episódio em conversa com o jornal El País. “Até hoje ainda tenho um pouco de medo quando vou a um lugar onde tem muita gente. Estávamos sozinhos e nos apoiamos porque não tínhamos apoio psicológico para lidar com essa situação. Foi muito difícil”, admitiu o ator. “Anos depois voltamos ao Brasil, reencontramos os familiares e eu conheci o pai de uma das meninas que perdeu a vida. Aquele acontecimento me marcou de uma forma muito profunda e por mais que eu tente dar a volta por cima, ele ainda está lá”, confessou.
Nesta terça-feira (21), veículos internacionais como Us Weekly e Page Six noticiaram que Swift falou, através da sua equipe, com os parentes da fã que morreu no show do Rio de Janeiro. Entretanto, Gabriela Benevides, prima de Ana, negou que a artista tenha entrado em contato com eles para prestar qualquer tipo de apoio, em entrevista à Folha de S. Paulo.
Até o momento, Taylor só falou sobre o ocorrido uma vez, em seus stories do Instagram, quando afirmou estar “arrasada” com a situação. “Não acredito que estou escrevendo essas palavras, mas é com o coração partido que digo que perdemos um fã hoje à noite, antes do meu show. Eu nem posso dizer para vocês o quanto eu estou arrasada por causa disso. Eu tenho poucas informações, além de que ela era incrivelmente bonita e muito jovem”, escreveu em uma carta.
“Eu não vou ser capaz de falar sobre isso do palco, porque me sinto dominada pela dor quanto tento falar sobre isso. Quero dizer que agora sinto profundamente essa perda e meu coração partido está com sua família e amigos. Esta é a última coisa que eu nunca pensei que aconteceria quando nós decidimos trazer essa turnê ao Brasil”, finalizou ela. Na apresentação do último domingo (19), Taylor cantou de surpresa “Bigger Than the Whole Sky”, música que fala sobre a perda de um ente querido. No entanto, a cantora não fez menção à Ana.
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