Emicida X Fióti: Irmãos pedem trégua em processo, explicam motivo e fazem apelo à Justiça

Irmãos se enfrentavam na Justiça por acusações sobre finanças de produtora

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Depois de semanas de tensão e trocas de acusações envolvendo a gestão da Laboratório Fantasma, os irmãos Emicida e Evandro Fióti decidiram tentar uma trégua na Justiça. Um novo documento, protocolado nesta terça-feira (8) e divulgado pelo jornalista Leo Dias, revela que os dois, junto à empresa, pediram a suspensão do processo judicial por 60 dias com o objetivo de buscar um acordo amigável.

“As partes informam que estão em tratativas de composição, razão pela qual, requerem a SUSPENSÃO DO PROCESSO, nos termos do artigo 313, II, do Código de Processo Civil, pelo prazo de 60 (sessenta) dias corridos, a contar da data do protocolo da presente petição nos autos do processo”, diz o pedido. A suspensão temporária seria uma forma de abrir espaço para negociações sem que o litígio se agrave nos tribunais.

Além da pausa na ação, os irmãos também pediram o restabelecimento do segredo de Justiça no processo, que havia sido derrubado por decisão do juiz após um pedido de tutela de urgência feito por Fióti. No documento, as partes argumentam que a exposição pública de trechos do processo “poderá comprometer, inclusive, o sucesso de uma futura composição entre as partes”. O texto destaca ainda a necessidade de preservar o andamento das negociações e evitar que “especulações e divulgações irresponsáveis” prejudiquem o diálogo.

Por enquanto, nenhum dos dois se manifestou sobre o novo pedido.

Entenda o caso

Em janeiro, Emicida teria identificado a primeira movimentação considerada suspeita, envolvendo cerca de R$ 2 milhões. A partir disso, sua equipe realizou uma análise detalhada dos extratos bancários de 2024, detectando aproximadamente R$ 4 milhões transferidos sem justificativa. De acordo com documentos, Fióti teria feito dez transferências das contas da LAB Fantasma para uma conta pessoal entre junho de 2024 e fevereiro de 2025.

No dia 12 de março, Emicida comunicou aos colaboradores o afastamento do irmão da gestão da empresa, onde ele atuava há 16 anos. No dia seguinte, Fióti convocou uma reunião para apresentar sua versão dos fatos e criticar a decisão do rapper. Já na última quinta-feira (27), Emicida também se reuniu com os funcionários para explicar os motivos do afastamento.

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Segundo o portal Leo Dias, a defesa de Fióti afirma que os valores movimentados em 2025 (R$ 2 milhões) foram distribuídos de forma igualitária entre os irmãos, conforme acordo prévio. Os advogados também alegam que Emicida teria recebido valores semelhantes em sua conta pessoal no mesmo período.

Os representantes de Fióti anexaram ao processo um e-mail enviado ao endereço profissional de Emicida, em 20 de janeiro de 2025, informando sobre a distribuição de lucros no valor de R$ 2 milhões. Segundo Fióti, o montante era inferior ao valor a que teria direito.

Emicida e Fióti disputam empresa desde março. (Foto: Globo/Divulgação; Reprodução/Instagram)

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A equipe de Emicida, por outro lado, argumenta que o e-mail utilizado para comunicar a transação não estava mais em uso. No entanto, os advogados de Fióti afirmam que mensagens foram trocadas com esse endereço em 13 de março. No dia 2, a Justiça negou o pedido de liminar de Evandro para voltar a acessar as contas. Clique aqui para saber mais detalhes.

Após a repercussão do caso, no dia 3, Emicida quebrou o silêncio. Em nota, ele afirma que o conflito judicial entre os dois é resultado de “uma precipitação de uma das partes” e critica o uso de termos como “roubo” e “desvio” por parte da imprensa. Clique aqui para ler a íntegra.

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