Kanye West se envolveu em mais uma polêmica! Segundo informações do Page Six, Benjamin Deshon Provo, ex-funcionário do rapper, o acusou de racismo no ambiente de trabalho. Ele também afirmou que o cantor repreendia os empregados negros com frequência, diferentemente dos brancos, e disse que foi ridicularizado por usar dreads no cabelo.
O processo de Benjamin contra Kanye foi aberto nesta sexta-feira (26), em Los Angeles. De acordo com o documento obtido pelo veículo, o homem relatou que foi contratado, em agosto de 2021, para trabalhar como segurança na escola cristã do artista, Donda Academy. Ele declarou ter vivenciado um “grave sofrimento emocional” como resultado de ações de West.
“Kanye e os membros de sua equipe administrativa submeteram Provo e outros funcionários negros a um tratamento menos favorável do que seus colegas brancos“, informou o processo. “Especificamente, Kanye gritava com frequência e repreendia os funcionários negros, em contraste, ele nunca elevava o tom de voz em relação aos funcionários brancos“, indicou.
O ex-funcionário compartilhou ainda que foi ridicularizado por usar dreads no cabelo. Ele explicou que o penteado se deve à sua fé muçulmana. “Kanye e os membros de sua equipe administrativa exigiram que Provo escolhesse entre esses aspectos críticos de sua identidade própria e estabilidade financeira. Na verdade, por orientação de Kanye, Provo recebeu o ultimato: corte o cabelo ou seja demitido“, retratou o processo.
Benjamin teria então decidido pela demissão por se recusar a seguir as ordens relativas ao seu cabelo. Em seu relato, o homem disse que as ações de West eram tão racistas que ele chegou a proibir livros sobre figuras negras históricas, incluindo Martin Luther King Jr. “Além disso, Kanye expressava regularmente crenças negativas associadas a líderes negros proeminentes que defendiam ou procuravam promover a cultura negra“, compartilhou.
As afirmações do ex-funcionário da Donda Academy condizem com o relato da professora Cecilia Hailey, que também abriu um processo contra o rapper, em abril de 2023. Em seu depoimento, a docente falou que o artista proibiu livros de histórias negras. Além de Hailey, outros professoras entraram na Justiça contra o cantor após serem demitidos sem explicação. Para este caso, o julgamento foi agendado para abril de 2025.
Além das acusações envolvendo sua raça e fé, Provo contou ainda que foi frequentemente forçado a se envolver em confrontos físicos desconfortáveis, como parte de seu trabalho como segurança. Ele relatou que foi instruído a “impedir que os paparazzi interagissem com Kanye por qualquer meio necessário, incluindo atos de violência“. “Ele exigiu que o demandante roubasse as câmeras dos paparazzi, pegasse seus cartões de memória e os fornecesse a ele. Notavelmente, esta era uma prática regular por Kanye, que tem um histórico documentado de agressões a paparazzi“, alegou.
Ao dizer que esse comportamento poderia levá-lo à prisão, Benjamin teria ouvido a seguinte frase de John Hicks, empresário do cantor: “Vamos pagar a sua fiança“. O ex-funcionário também citou no processo mais ações movidas por outros empregados, que denunciaram os riscos à saúde e à segurança no trabalho. Provo pediu indenização por suposta discriminação, ambiente de trabalho hostil, retaliação e violações do código trabalhista.
O valor solicitado não foi divulgado. Kanye não se pronunciou sobre o processo. As acusações de Benjamin foram reveladas logo após a denúncia de Trevor Philips, que acusou o cantor de ter sido antissemita e homofóbico, e ameaçado, supostamente, raspar a cabeça dos alunos da Donda Academy. Saiba mais aqui.
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