“Shakespeare Apaixonado”, “Emma”, “Contágio”… Gwyneth Paltrow tem um extenso currículo e é uma das grandes atrizes de Hollywood. No entanto, há um tempo que a atriz está afastada das telonas. Em entrevista ao programa de rádio “Quarantined with Bruce”, ela deu algumas razões para isso e ainda citou que Harvey Weinstein teria certa parcela de culpa em sua insegurança quanto à atuação.
“Para ser totalmente honesta, eu tive um chefe péssimo pela maior parte da minha carreira cinematográfica, na Miramax”, admitiu atriz. “Em algum momento, eu acabei pensando: ‘Não sei se isso é realmente minha vocação’. Ainda estou tentando entender de onde veio a minha decisão, quando a minha vida mudou de rumo, mas acho que esse é um pedaço importante dessa história”, desabafou ela.
Weinstein e seu irmão, Bob, administravam a Miramax. Foi essa a empresa que produziu grandes sucessos da carreira de Paltrow, como os próprios “Shakespeare Apaixonado” e “Emma”, bem como “O Talentoso Ripley”, de 1998. Recentemente, o cineasta foi condenado e preso após receber diversas acusações de estupro e abuso sexual. Harvey, inclusive, foi um dos estopins para o movimento “Me Too”.
Atualmente, um dos únicos trabalhos de Gwyneth é na série “The Politician”, da Netflix, na qual ela interpreta Georgina Hobart. Vez ou outra, ela também aparece em algumas produções da Marvel, dando vida à Pepper Potts. Fora isso, a estrela não faz nenhum outro longa desde “Mortdecai: A Arte da Trapaça”, de 2015. Segundo ela, seu afastamento também se deve a uma “perda do encanto” – especialmente por ter ficado famosa muito cedo.
“Quando você tem 26 anos e é uma pessoa movida a métricas, que francamente não amava atuar tanto assim, no fim das contas… Eu ficava tipo: e agora quem eu devo ser? Para onde estou me dirigindo?”, recordou. Sem dúvidas, o “brilho” dessa carreira foi diminuindo também por conta do escrutínio que recebia. “Parte do encanto morreu, mesmo porque eu era muito vigiada pela mídia. Era uma jovem que estava vendo cada fim de relacionamento se tornar uma manchete nos tabloides. Tudo o que eu fazia, dizia e vestia era criticado”, lamentou.
Outro fator decisivo foi a rotina do trabalho na atuação. Gwyneth reforçou que é uma pessoa mais caseira, que prefere fincar raízes, ao invés de estar o tempo todo de lugar em lugar por conta dos trabalhos. “É tudo tão transitório… Gosto de ficar com meus velhos amigos, apertar minhas crianças. Não quero ficar sozinha num quarto de hotel em Budapeste por seis semanas. Não é quem eu sou”, deixou claro. Veja um trecho da entrevista abaixo: