Kim Kardashian é multada em R$ 6,5 milhões por promover criptomoedas

A influenciadora não deixou claro que foi paga para promover uma criptomoeda “desconhecida” em suas redes sociais

Fotojet

Kim Kardashian firmou um acordo com a Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado norte-americano, para pagar aproximadamente R$ 6,5 milhões (US$ 1,26 milhão) de multa. O pacto foi assinado na manhã desta segunda-feira (3), após a influenciadora ser acusada de promover indevidamente uma criptomoeda.

O advogado da Kardashian, Michael Rhodes, informou que a cliente “está satisfeita por ter resolvido este assunto com a SEC”. Em um comunicado, publicado pelo jornal The New York Times, Rhodes acrescentou: “Kim cooperou plenamente desde o início e ela continua disposta a fazer o que puder para ajudar a SEC neste assunto. Ela queria deixar esse assunto para trás, para evitar uma disputa prolongada”.

Continua depois da Publicidade

O representante da empresária concluiu explicando que ela deseja seguir em frente com os seus negócios. “O acordo que ela firmou com a SEC permite que ela faça isso, para que ela possa avançar com suas variadas atividades comerciais”, completou o advogado. 

No início deste ano, em 7 de janeiro, foi aberto um processo judicial contra Kim Kardashian, após ela não ter deixado claro que recebeu um cachê de US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,3 milhão), para promover uma criptomoeda da empresa EthereumMax. A influenciadora compartilhou uma publicação da companhia em junho de 2021, na qual incentivava a compra do ativo como uma boa alternativa de investimento. 

Captura De Tela 2022 10 03 172049
Kim Kardashian concordou em pagar US$ 1,26 milhão em indenização para evitar processo longo. (Foto: Reprodução/ Instagram)

No post, feito em seu perfil no Instagram, a influencer escreveu: “Vocês gostam de criptomoedas? Este não é um conselho financeiro“. No entanto, o texto apontou que ela gostaria de indicar “o que meus amigos acabaram de me dizer” sobre o cripto da EthereumMax. O processo enfatizou que a empresária utilizou a hashtag #AD para identificar a publicação como um anúncio pago.

Continua depois da Publicidade

Na época em que o caso veio à tona, a Kardashian foi criticada por Charles Randell, chefe da Financial Conduct Authority (FDA), órgão regulador financeiro do Reino Unido. Randell afirmou que, ao promover um anúncio para a empresa, Kim “pediu a seus 250 milhões de seguidores que especulassem uma criptomoeda“.

O executivo acrescentou: “Influenciadores das redes sociais são rotineiramente pagos por golpistas para ajudá-los a bombar e descartar novos tokens por causa da pura especulação. Alguns influenciadores promovem moedas que simplesmente não existem”.

Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques