A disputa pela herança de Gugu Liberato ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira (26). O colunista Erlan Bastos, do EM OFF, teve acesso ao laudo psiquiátrico de Rose Miriam di Matteo, mãe dos filhos do apresentador. O documento pode provocar uma reviravolta no caso, já que atesta que a médica apresentava transtornos e estava “descompassada” e “incapaz” quando assinou o contrato de criação dos filhos dos dois, em 2011.
O parecer foi emitido pelo médico psiquiatra Thiago Fernando da Silva e solicitado pela defesa de Rose. O objetivo era “demonstrar a incapacidade (…) no momento da assinatura do Contrato de Compromisso Conjunto para Criação dos Filhos, em 25 de março de 2011”. De acordo com o documento, ela ficou internada entre janeiro e fevereiro daquele ano após o pedido de um médico psiquiatra.
Miriam teria tentado tirar a própria vida ao ingerir grande quantidade de medicamentos, entre eles, 12 comprimidos de Rivotril, 4 de Dramin e 10 de Dipirona. Além disso, ela teria chorado muito ao afirmar que não era uma boa mãe e que se sentia solitária. Dois anos antes disso, Rose já havia sido diagnosticada com transtorno obsessivo compulsivo, fazia o uso de diversos remédios psiquiátricos e realizava acompanhamento psicológico.
“Fiz um voto com Deus de não ingerir uma gota de álcool sequer, assim também quanto ao abuso de comprimidos. Seguirei respeitavelmente as condutas do Dr. Pérsio e da Dra. Vera. Estou ciente da gravidade dos erros que eu cometi, mas também estou ciente de que farei o possível e o impossível para não errar”, adicionou.
Segundo o documento, no tempo em que esteve na clínica psiquiátrica, ela também recebeu o diagnóstico de “episódio depressivo”. Miriam teria mostrado “sintomas obsessivos preexistentes associados ao relacionamento afetivo” e apresentava dependência de álcool. Mesmo depois da internação, Rose continuou a usar os medicamentos psiquiátricos devido à sua “instabilidade”. Uma organização de uma “equipe de suporte com familiares, empregados, bem como profissionais na área da psiquiatria e psicologia” também teria sido necessária. Isso teria acontecido entre janeiro de 2011 a janeiro de 2012.
A partir de todas essas situações, o médico responsável pelo laudo alegou que “após detalhada análise dos documentos”, Rose tinha “um quadro psiquiátrico grave e descompassado, com diversos transtornos psiquiátricos comórbidos” quando assinou contrato com o apresentador. “Em março de 2011, seus sintomas psiquiátricos encontravam-se descompassados, tendo acabado de sair de uma internação hospitalar por tentativa de suicídio, e encontrava-se incapaz para os atos da vida civil”, declarou ele. Leia o laudo completo abaixo:
Em 20 de junho, o Superior Tribunal de Justiça validou o testamento de Gugu Liberato. A decisão da 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo foi unânime, com 4 votos a 0. Com isso, o documento assinado pelo veterano da TV em 2011 foi validado, deixando o patrimônio estimado em 1 bilhão de reais aos três filhos (25% para cada) e aos cinco sobrinhos (5% para cada).
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