Suposto filho de Gugu quebra silêncio e explica demora em DNA: “Tenho traços dele”; assista

Ricardo Rocha busca na Justiça ser reconhecido como filho do apresentador

Gugu

O comerciante que alega ser filho de Gugu Liberato falou pela primeira vez sobre o caso neste domingo (25). Em entrevista ao “Domingo Espetacular”, Ricardo Rocha, de 48 anos, admitiu que não teve coragem de solicitar o exame de DNA quando o apresentador era vivo. O homem ainda afirmou que está próximo de “descobrir a verdade”.

Ricardo entrou com um pedido de investigação de paternidade “post mortem” e está pleiteando uma parte da herança, caso fique comprovado que ele é mesmo filho de Liberato, que faleceu em 2019. Para Roberto Cabrini, o empresário explicou por que resolveu falar sobre o tema apenas agora.

“A exposição está sendo muito grande. Para as pessoas ouvirem a minha verdade, que é uma só. E eu ter um pouco mais de sossego, voltar ao natural. De 2017 pra cá, eu comecei a amadurecer a ideia”, disse. “Quem é seu pai, Ricardo?“, questionou o jornalista. “Gugu, Augusto Liberato“, respondeu ele, com firmeza.

Otacília Gomes da Silva, mãe de Ricardo, teria conhecido Gugu no segundo semestre de 1973 em uma padaria que existia na rua Aimberê. A mulher trabalhava como babá e empregada doméstica na casa de uma família que morava ao lado da panificadora quando conheceu Liberato. Aos 28 anos, ela teria se envolvido com o apresentador quando ele tinha 14.

Na época, ela mantinha contato com Gugu e a amizade teria evoluído. Segundo Ricardo, a mãe e o veterano da TV ficaram juntos por alguns meses e teriam tido relações sexuais por duas vezes. Após passar as férias com os patrões no litoral paulista, Otacília retornou para a capital em 1974 e “constatou a gravidez”. Ela tentou procurar por Gugu, mas não o encontrou mais. Ricardo nasceu em outubro daquele ano.

Ao programa da Record, ele contou que soube quem era seu pai quando tinha entre 10 e 11 anos. “Ela disse que meu pai era uma pessoa da televisão. No início eu não acreditei, perguntei se ela não tinha alguma dúvida. Na cabeça dela, ela não tem 1% de dúvida”, contou. De acordo com Ricardo, por um período ele não teve tempo para pensar no assunto, já que trabalha desde cedo: “Fui despejado inúmeras vezes. Dormi na rua”.

O comerciante também revelou que se arrepende de não ter procurado Gugu em vida. “Me arrependo disso. Mas eu sempre temi essa exposição que está acontecendo agora. Tive receio, não gosto de aparecer. Faltou coragem”, justificou.

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Ricardo afirmou que o acesso à herança de Gugu não é o seu principal objetivo ao entrar na Justiça. O patrimônio aproximado de R$ 1 bilhão ainda não foi dividido, três anos e meio após o falecimento. “Estou ansioso para fazer o DNA, não vejo a hora de chegar esse momento. As pessoas dizem que eu tenho os traços dele, que eu pareço e lembro ele, as marcas faciais… E eu vejo dessa forma. Eu, particularmente, acho que as marcas faciais [se parecem]. Nunca tive o objetivo de me dar bem materialmente. Meu objetivo é poder fazer o exame, conhecer a família que tem do outro lado. Eu acho que deixei de viver muita coisa”, disse.

As filhas de Gugu, as gêmeas Sofia e Marina, já adiantaram que aceitam fazer o teste de DNA para evitar a exumação dos restos mortais do pai. “Não tinha como eu estar incluso no testamento. É muito dinheiro, mas eu não deslumbro com isso. A necessidade do exame é para tirar a dúvida, mas dentro do meu coração eu tenho certeza que ele é o meu pai. São 36 anos esperando essa informação”, concluiu.

Assista à entrevista completa:

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Em 20 de junho, o Superior Tribunal de Justiça validou o testamento de Gugu Liberato. A decisão da 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo foi unânime, com 4 votos a 0. Com isso, o documento assinado pelo veterano da TV em 2011 foi validado, deixando o patrimônio aos três filhos (25% para cada) e aos cinco sobrinhos (5% para cada).

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