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Lewis Capaldi revela que pode deixar a música por conta da Síndrome de Tourette: “Danos irreparáveis”

Neste sábado (1º), em entrevista ao The Times UK, Lewis Capaldi admitiu existir uma “possibilidade muito real” de abandonar sua carreira musical, caso sua síndrome de Tourette piore. O músico de 26 anos revelou ter a condição neurológica – caracterizada por uma combinação de ruídos e movimentos involuntários chamados tiques – no ano passado.

Lewis explicou que se apresentar nos palcos pode piorar seus sintomas, causando “danos irreparáveis” a si mesmo. “É só eu fazer música que acontece isso comigo, caso contrário, posso ficar bem por meses a fio, então é uma situação estranha”, desabafou. “No momento, a troca vale a pena, mas se chegar a um ponto em que estou causando danos irreparáveis ​​a mim mesmo, desisto. Eu odeio hipérboles, mas é uma possibilidade muito real”, acrescentou.

A voz de “Someone You Loved” destacou que seus tiques estão ficando “muito piores” nos shows. “A síndrome tornou apresentações ao vivo, a parte do trabalho que mais gosto, mais desafiadoras”, disse. Ele ainda revelou que seus pais – a enfermeira Carol, 56, e o peixeiro Mark, 56 – também temem por sua saúde e questionam se ele deveria deixar a música. Capaldi falou que tocar guitarra o ajuda com os sintomas, mas admitiu que não gosta de usar o instrumento como bengala. Ele prefere ser capaz de controlar seus tiques por “conta própria” no palco.

Além disso, o artista expôs sofrer de ansiedade e frequentes vertigens. “Ser famoso é ‘fácil’, mas a pressão de se apresentar em longas turnês em locais diferentes é o que induz à ansiedade”, relatou ao veículo.

Na quarta-feira (5), Lewis lançará seu documentário musical na Netflix, intitulado “How I’m Feeling Now”, onde abordará mais profundamente suas questões de saúde e outros assuntos envolvendo sua vida pessoal. Em cenas da produção, obtidas pelo The Daily Star, o cantor alegou ter dificuldades de relembrar sua turnê de 2020, porque estava muito assustado e sofreu fortes ataques de pânico.

“As contrações ficaram fora de controle, foi horrível, absolutamente horrível. Isso começou a entrar na minha cabeça… Você sabe, essas pressões sobre as coisas. Em vez de apenas eu cantar minhas cantigas bobas, outras pessoas dependem de mim”, expressou.

“Minha contração piora quando me sento para tocar piano, é fisicamente doloroso. E eu fico com muita falta de ar, é como se minhas costas me matassem quando eu vou fazer isso. Parece que estou ficando louco. Totalmente desconectado da realidade. Não consigo respirar. Eu fico tonto. Estou suando, todo o meu corpo começa a ter convulsões. Sinto que vou ficar preso a isso para sempre ou vou morrer”, detalhou o artista sobre sua condição.

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