Beto Lee prestou uma homenagem para a falecida mãe, Rita Lee, no “Caldeirão do Mion” deste sábado (1º). O músico contou a ajuda da cantora Fernanda Abreu nos vocais em um show nostálgico e emocionante que celebra a carreira do ícone do rock nacional.
A apresentação faz parte de uma turnê idealizada por Beto, chamada “Uma homenagem a Rita Lee por Beto Lee in Concert”, que rodará ao Brasil reunindo as principais canções de Rita. No programa da TV Globo, a dupla performou grandes sucessos da artista, como “Lança Perfume”, “Agora Só Falta Você” e “Ovelha Negra”. Assista:
Que momento especial com essa homenagem para a rainha Rita Lee 😍 pic.twitter.com/oniw1P50y6
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Linda homenagem para a Rita Lee #Caldeirão 👏👏❤️ pic.twitter.com/qo7axIDip9
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Beto Lee e Fernanda Abreu homenageiam Rita Lee pic.twitter.com/api2glNSjF
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“Está sendo uma alegria pra gente ver a alegria das pessoas de ver essas músicas serem executadas ao vivo. Minha mãe se aposentou em 2012, e essas músicas ficaram fora do radar. Estamos trazendo de volta não só para os fãs das antigas, mas para a molecada de hoje”, afirmou Lee sobre o projeto.
Fernanda, por sua vez, disse que ficou muito feliz ao receber o convite de Beto. “A Rita sempre foi muito especial, uma mulher feminista, politizada, mas sempre com humor, muito inteligente”, homenageou ela.
Lembranças da infância
Em outro momento, o cantor falou como se sente afortunado em ter nascido na família Lee. “Apesar de toda a loucura que envolve a música, cair na estrada, a minha mãe sempre esteve presente na vida familiar, sempre foi uma mãe incrivelmente responsável. Por tudo, desde cobrar lição até a pagar a escola em dia. Sempre tive uma estrutura familiar bem resolvida”, ressaltou. “Ela tinha uma frase que era ótima. Ela falava assim: ‘Eu não me leva a sério, mas eu levo o que eu faço a sério'”, recordou.
Beto Lee relembra história da mãe, Rita Lee, na época da Ditadura Militar pic.twitter.com/IgfPmmF9FS
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A voz de “Alcatraz” aproveitou sua ida à atração para contar algumas histórias da vida de sua mãe, dentre elas, a prisão de Rita durante a Ditadura Militar. “Na época da Ditadura, os artistas eram super desprotegidos. Deram uma batida, plantaram umas coisinhas ali que não eram dela e quando você vê ela estava em cana. E eu estava na barriga”, revelou.
Por fim, ele revelou que só conseguiram sair desta situação com a ajuda de outro ícone da música brasileira. “E foi graças à Elis Regina, que apareceu lá e fez um fuzuê, que ela conseguiu ter um pouquinho mais, se é que pode dizer isso, de um certo conforto. Era uma época tensa”, confessou.
Rainha do rock brasileiro e uma das maiores estrelas da música, Rita Lee nos deixou na noite do dia 8 de maio, aos 75 anos. Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença. O velório aconteceu no planetário do Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Carreira do ícone brasileiro
Ao longo de seus quase 60 anos de carreira, Rita foi responsável por movimentos icônicos no rock brasileiro e criou canções que são trilha sonora da nossa cultura popular, como “Mania de Você”; “Baila Comigo”; “Lança Perfume” e “Ovelha Negra”. Referência de criatividade e independência feminina, a cantora logo ganhou o posto de “rainha do rock brasileiro” – que ela achava “cafona”. Rita preferia o título de “padroeira da liberdade”.
Seu último álbum de canções inéditas foi lançado em abril de 2012. “Reza”, faixa-título, foi a música de trabalho, definida por ela como “reza de proteção de invejas, raivas e pragas”. Sua obra reuniu 40 álbuns, sendo 6 dos Mutantes e 34 da carreira solo.
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