Lizzo está sendo processada por outra ex-integrante de sua equipe, a estilista Asha Daniels. Em documentos judiciais divulgados pelo Entertainment Tonight nesta quinta-feira (21), a designer acusa a cantora de criar “um ambiente de trabalho sexualizado, racialmente carregado e ilegal”.
Asha conta que colaborou com Lizzo criando fantasias para seus dançarinos na turnê deste ano, e que chegou a trabalhar por 20 horas seguidas sem descanso. O processo alega que Lizzo permitiu que seu time de gestão expressasse comentários racistas e gordofóbicos, além de zombar de mulheres negras. Daniels também afirma que os funcionários tiveram a assistência médica negada e que foi forçada a suportar assédio sexual degradante.
A artista não é a única mencionada na ação judicial. Sua produtora, Big Grrrl Big Touring Inc. (BGBT), a stylist Amanda Nomura e a gerente de turnê Carlina Gugliotta também são citadas como réus. De acordo com os documentos, Nomura supostamente entrou em contato com Daniels em janeiro de 2023, pedindo-lhe que se juntasse à turnê BGBT. Ela começou a trabalhar em meados de fevereiro, quando se deu conta da “realidade decepcionante”.
Ao longo de seu tempo na equipe, Daniels conta que foi forçada a ouvir “comentários racistas e gordofóbicos de Nomura”, enquanto testemunhava a outra “zombar de Lizzo e dos dançarinos em várias ocasiões”. Nomura supostamente imitava os performers e a própria cantora de forma estereotipada e ofensiva de uma mulher negra. Ela também teria se referido às mulheres negras na turnê como “burras”, “inúteis” e “gordas”. A estilista afirma que reclamou em várias ocasiões, mas foi ignorada e demitida abruptamente.
O relatório aponta que outros membros da produção sofreram ameaças de agressões físicas de Nomura, que supostamente dizia que “mataria e esfaquearia as v*dias”. “Nomura expressou que ela ‘mataria qualquer um se fosse necessário’ se alguém ameaçasse seu trabalho. A administração de Lizzo estava bem ciente desse padrão de comportamento”, acrescenta a denúncia.
Daniels afirma que foi forçada a suportar assédio sexual por parte da gestão, lembrando especificamente uma troca de mensagens com mais de 30 membros da equipe que incluía imagens “gráficas e perturbadoras” de genitálias masculinas. Os documentos ressaltam que a administração de Lizzo “achou a imagem cômica, encorajando ainda mais uma cultura de local de trabalho inseguro e sexualmente carregado”.
Em resposta ao processo, o porta-voz de Lizzo, Stefan Friedman, disse ao portal: “Enquanto Lizzo recebe um Prêmio Humanitário esta noite da ‘Black Music Action Coalition’ pelo incrível trabalho de caridade que ela fez para ajudar todas as pessoas, um advogado perseguidor tenta manchar essa honra recrutando alguém para abrir um processo falso e absurdo de golpe publicitário. [Asha Daniels] nunca conheceu ou mesmo falou com Lizzo. Daremos a isso tanta atenção quanto merece. Nenhuma”.
Relembre o caso
A nova ação foi movida um mês depois que três ex-dançarinas de Lizzo – Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez – entraram com um processo alegando que enfrentaram assédio sexual quando trabalhavam para artista. Elas também dizem que sofreram assédio religioso e racial, discriminação por deficiência, agressão e cárcere privado.
No documento obtido pela NBC News, Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez afirmaram que a vencedora do Grammy também teria submetido seu balé a um teste “excruciante” após acusar a equipe de consumir bebida alcoólica no trabalho. As ex-dançarinas culparam a cantora – que ganhou fama por abraçar o movimento “body positive” e celebrar corpos de todos os tamanhos – de dar destaque ao ganho de peso de uma de suas bailarinas. A mesma teria sido demitida logo após gravar uma reunião por causa de um problema de saúde. Mais tarde, Lizzo se pronunciou sobre as acusações. Clique aqui para relembrar.