Lizzo pede ao tribunal, o arquivamento das acusações de assédio feitas por suas ex-dançarinas: ‘Ridículas’

Nos últimos meses, Lizzo foi acusada de assédio sexual, religioso e racial por ex-dançarinas

Lizzo pediu que o Tribunal Superior de Los Angeles rejeite as acusações de assédio que seus ex-dançarinos apresentaram contra ela nos últimos meses. De acordo com o Page Six, os advogados da cantora listaram pelo menos 31 linhas de defesa que explicam por que os processos devem ser arquivados. A vencedora do Grammy também solicita um julgamento em resposta às queixas.

Nos novos documentos, Lizzo nega “toda e qualquer alegação” feita contra ela, citando como uma de suas defesas que suas ex-dançarinas são “culpadas de mãos impuras”, termo legal que acusa o autor de participar de qualquer coisa “antiética em relação ao assunto do processo”.

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Somente neste ano, a voz de “About Damn Time” foi acusada de assédio sexual, religioso e racial, além de discriminação por deficiência, agressão e cárcere privado. A artista, no entanto, afirmou que todas as demandantes “ratificaram, consentiram, toleraram e/ou aprovaram os atos” mencionados no litígio. Lizzo também apontou que não há provas de que as dançarinas sofreram danos ou perdas por causa de sua suposta conduta.

Segundo a cantora, os antigos membros de sua equipe tiveram a opção de “mediar de boa-fé” tais reclamações. Os advogados de Lizzo informaram que o time da compositora tinha “políticas de antidiscriminação e anti-assédio, e procedimentos de reclamação em vigor”, mas que, aparentemente, não foram aproveitados pelos dançarinos. O objetivo era que todos seguissem os procedimentos internos adequados.

De acordo com o site, o arquivamento da ação judicial parece ser o primeiro de muitos esforços legais que Melissa Jefferson, nome real da cantora, tomará para buscar justiça para si mesma. “Este é o primeiro passo de um processo legal no qual Lizzo e sua equipe demonstrarão que sempre praticaram o que pregaram, seja no que diz respeito à promoção da positividade corporal, à liderança de um local de trabalho seguro e solidário ou à proteção dos indivíduos de qualquer tipo de assédio”, declarou Stefan Friedman, porta-voz de Lizzo. “Toda e qualquer afirmação em contrário é ridícula e esperamos provar isso em um tribunal”, completou o representante.

Ex-dançarinas da artista entraram com ação na Justiça dos EUA (Foto: Getty)

Advogada das dançarinas se pronuncia

“A resposta de Lizzo consiste em objeções padronizadas que nada têm a ver com o caso. A única conclusão é que Lizzo concorda com a exigência de nossos clientes de um julgamento com júri”, afirmou Neama Rahmani, advogada das demandantes. “Estamos ansiosos para apresentar nosso caso a doze homens e mulheres da comunidade, que decidirão quem está dizendo a verdade: Lizzo e seus porta-vozes ou as múltiplas vítimas que têm e continuam apresentando histórias muito semelhantes de abuso e assédio”, finalizou.

As acusações

Em junho deste ano, Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez, antigas dançarinas de Lizzo, entraram com um processo alegando que enfrentaram assédio sexual quando trabalhavam para a artista. Elas também dizem que sofreram assédio religioso e racial, discriminação por deficiência, agressão e cárcere privado. A líder de sua equipe de dança, Shirlene Quigley, também é acusada de contravenções pelas mulheres.

No documento obtido pela NBC News, o trio afirma que a vencedora do Grammy também teria submetido seu balé a um teste “excruciante” após acusar a equipe de consumir bebida alcoólica no trabalho. As dançarinas culparam a artista – que ganhou fama por abraçar o movimento “body positive” e celebrar corpos de todos os tamanhos – de dar destaque ao ganho de peso de uma de suas bailarinas. A mesma teria sido demitida logo após gravar uma reunião por causa de um problema de saúde. Mais tarde, Lizzo se pronunciou sobre as acusações. Clique aqui para relembrar.

Da esquerda para a direita, as dançarinas Noelle Rodriguez, Arianna Davis e Crystal Williams. (Foto: Reprodução/Instagram)

Meses depois, a voz de “Truth Hurts” recebeu novas acusações de assédio, desta vez pela figurinista da turnê, Asha Daniels. Em documentos judiciais divulgados pelo Entertainment Tonight na semana passada, a designer acusa a cantora de criar “um ambiente de trabalho sexualizado, racialmente carregado e ilegal”.

Lizzo não é a única mencionada na ação judicial. Sua produtora, Big Grrrl Big Touring Inc. (BGBT), a stylist Amanda Nomura e a gerente de turnê Carlina Gugliotta também são citadas como réus. De acordo com os documentos, Nomura supostamente entrou em contato com Daniels em janeiro de 2023, pedindo-lhe que se juntasse à turnê BGBT. Ela começou a trabalhar em meados de fevereiro, quando se deu conta da “realidade decepcionante”. Saiba mais detalhes, clicando aqui.

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