Nesta quinta (27), a mãe de Susana Naspolini deu um depoimento emocionante do lado de fora do enterro da filha, que faleceu na terça-feira (25) vítima de um câncer na bacia. Maria Dal Farra relembrou os últimos momentos da jornalista, e revelou que a neta, Julia, ficou ao lado de Naspolini durante todo o período em que ela esteve internada.
“Julia deitava do lado da mãe no hospital e ficou ali, até a mãe falecer, de mãos dadas. E ela ficou bem desorientada mesmo. E eu comecei a ficar muito preocupada em vê-la daquele jeito“, contou para a revista Quem. “Tem gente que não acredita em milagre, mas eu acredito. Foi o milagre da Susana. Quando ela viu que a mãe tinha falecido, disse: ‘é, pessoal, vamos resolver os problemas agora’. Levantou e começou a ajudar todo mundo a fazer o que precisava. E ficou ativa, porque tinha muitas coisas para resolver no hospital“, detalhou sobre a mudança de postura da menina.
“Ela ajudou muito, está aguentando bem. Claro que é uma adolescente, mas eu acredito muito em milagres. Ela tem muita fé e eu também. A Susana deu esse exemplo para ela. E acho que ela vai ser bem sustentada por essa fé e vai ser bem encaminhada na vida. Porque o legado da Susana para ela foi esse e ela está muito disposta a segui-lo“, desabafou Maria.
Em seguida, ela comentou que, apesar da pouca idade, Julia já enfrentou outras perdas na vida – aos oito anos, seu pai, o também jornalista Maurício Torres, faleceu depois de ter passado mal em um voo entre Rio e São Paulo. “A Julinha tem uma compreensão absurdamente além da idade que ela tem. (…) Isso eu estou insistindo muito com ela: ‘Julia, você perdeu a mãe, o pai, mas somos todos uma família. Conta sempre com isso. Perdeu duas pessoas que você ama muito, está sofrendo, mas nós somos sua família. E você não se preocupa com isso que nós vamos ser sua família’“, relatou.
Ao ser questionada sobre como conseguia se manter forte, Dal Farra explicou: “Se eu disser para você que estou num nível de dor e de tristeza quase no máximo, não seria mentira. Mas eu percebo que a fé é a força da gente na vida, e a fé não mostra morte como um fim“.
“Eu lembro que eu olhava pra Su… eu dizia, quando ela estava falecendo: ‘fica tranquila, deixa tudo acontecer com calma, porque essa morada aqui é provisória. A gente está aqui se preparando para a morada que é de verdade. E você merece, pela vida que levou, pelo bem que fez, você merece essa morada, então fica bem tranquila’. Isso eu conversei com ela até o último minuto do lado dela. E eu acredito – não fui falar para consolar porque ela tava naquela agonia – falei o que eu também sinto realmente“, concluiu.