Médica de Isabel Veloso diz que influencer não está em ‘estado terminal’, e ela se manifesta; assista

Ambas explicaram a diferença entre estágio terminal e cuidados paliativos

Melina Branco Behne, responsável pelo tratamento de Isabel Veloso, detalhou o atual quadro de saúde da jovem. Em entrevista ao gshow, divulgada nesta terça-feira (27), a médica revelou que o tumor da influenciadora está “pequeno” e que ela não se encontra em estado terminal.

Isabel viralizou nas redes sociais por compartilhar o seu tratamento contra o câncer de Linfoma de Hodgkin. Ela foi diagnosticada com a doença em 2021 e, nos últimos meses, não respondia mais ao tratamento. No início de agosto, a influenciadora foi criticada após anunciar uma gravidez, fruto do casamento com Lucas Borbas, em meio aos cuidados paliativos.

Ao gshow, Behne, que possui pós-graduação em cuidados paliativos e cannabis medicinal, disse que o crescimento do tumor de Isabel está “estagnado”. “O quadro clínico da Isabel está estável, o tumor está pequeno, com crescimento estagnado e ainda com o controle importante dos sintomas que ela sentia – que eram dores e falta de ar. Agora, o que está sentindo são as ânsias e os vômitos, comuns no início da gestação“, explicou a especialista.

A médica contou que chegou a aconselhar a influenciadora a evitar uma gravidez, principalmente por conta de alguns sintomas da doença. “Quando eu e a Isabel conversamos sobre gestação, ela não andava por causa da dor no corpo e usava oxigênio devido a falta de ar. A orientação foi de não engravidar porque os sintomas poderiam piorar. E ainda: seria mais difícil controlá-los porque durante a gestação alguns medicamentos são contraindicados“, declarou.

Isabel anunciou em agosto que está grávida do primeiro bebê. (Foto: Reprodução/Instagram)

Behne garantiu que a quimioterapia, radioterapia e outros tratamentos realizados por Veloso não atrapalharão o desenvolvimento do bebê. Na entrevista, ela afirmou que Isabel possui um tipo de câncer que não responde mais aos procedimentos e, diante disso, a indicação é aplicar o paliativo.

O que fazemos são cuidados paliativos. Na prática, significa que, não tendo mais o tratamento, a cura, para a doença do paciente, nós vamos focar em controlar os sintomas. E assim garantir que todas as necessidades do paciente e dos familiares sejam atendidas“, esclareceu.

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A médica também contou que a paciente decidiu parar com a quimioterapia por ter tido um efeito colateral. O uso do canabidiol também foi suspenso devido à gravidez. “A Isabel está em acompanhamento paliativo porque teve retorno da atividade tumoral e efeito colateral das quimioterapias realizadas. Ela ficou com neuropatia periférica, gerando dores fortes e crônicas. E, com isso, decidiu não continuar mais o tratamento quimioterápico“, descreveu Behne.

Embora o canabidiol seja considerado seguro, os seus efeitos em gestantes e lactantes ainda precisam de mais estudos. Por isso, optamos pela suspensão do tratamento. Ela já usou muitas medicações, inclusive opioides fortes, que não controlavam as dores. A partir do momento que iniciou o canabidiol, chegou a ficar sem sentir os sintomas da doença“, revelou.

Além de parar com a quimioterapia, Isabel suspendeu o canabidiol. (Foto: Reprodução/Instagram)

Por fim, Behne explicou a diferença entre estágio terminal e os cuidados paliativos. “A Isabel não está em estágio terminal! E sim, apenas, sob cuidados paliativos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos são uma abordagem que visam melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam problemas associados a doenças graves, incuráveis e que ameaçam a vida – por isso podemos dizer que ela está em cuidados paliativos. Já o estágio terminal é um termo usado para se dirigir ao paciente que o processo ativo de morte já se iniciou e não tem retorno“, concluiu.

Isabel Veloso se pronunciou

Após a publicação da entrevista, a influenciadora se manifestou, nesta terça (27), nos stories do Instagram. Ela rebateu críticas depois da médica informar que o câncer não está em estágio terminal. “Minha doença era terminal devido a uma data prevista que eu tinha de tempo. Eu tinha um tempo estimado de vida e não era certeza que a minha doença iria se estabilizar. Mas ela se estabilizou e eu passo a não ser chamada de uma paciente terminal. Eu sou uma paciente em cuidados paliativos“, disse.

Isabel deixou claro que o termo também é usado em sua bio da rede social. “Nos cuidados paliativos, entram pessoas que não têm visão de cura da doença. Então, muito obrigada por finalmente estarem postando a realidade das coisas e não ocultando os fatos, para que mais pessoas desinformadas venham falar ‘titica de galinha’ na internet. Eu estou sumida por justamente estar cansada dos comentários ridículos desse jeito e eu só estou esperando que a justiça seja feita a algumas pessoas, dentro de medidas cabíveis. Somente isso. Acho que agora as pessoas vão entender o que é um cuidado paliativo“, completou. Veja:

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