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Yilmaz Tozturkan e o filho, o especialista em TI Daniel Lins, foram condenados nesta quarta-feira (12) à prisão, por ameaçarem publicar fotos de Michael Schumacher. Tozturkan ficará três anos detido, enquanto seu filho foi sentenciado a seis meses de cadeia, segundo o Daily Mail. Já Markus Fritsche, ex-funcionário do piloto, foi condenado a dois anos de prisão.
Os promotores de Wuppertal, na Alemanha, pediram que Tozturkan, atualmente preso por um outro crime, fosse condenado a três anos, enquanto a família Schumacher pedia cinco, pelo que considerou uma “traição definitiva”. Todos os condenados já tinham antecedentes criminais antes do caso.

Pai e filho novamente pediram desculpas nesta quarta-feira (12), reconhecendo os fatos. Já Fritsche, que atuava como agente de segurança de Schumacher, negou qualquer envolvimento por meio de seu advogado e não falou nada no último dia do julgamento.
O ex-campeão sofreu um acidente na estação de esqui de Meribel, na França, em 2013, e teve uma grave lesão na cabeça, passou mais de seis meses em coma induzido e, desde então, recebe tratamento em sua casa na Suíça e está afastado da imprensa.
Chantagem milionária
A família Schumacher foi vítima de uma chantagem milionária de Markus Fritsche, o ex-guarda-costas, demitido após oito anos de serviços prestados. Para o plano criminoso, Fritsche chamou o amigo de longa data, Yilmaz Tozturkan, e o filho dele Daniel Lins, especialista em TI.
Depois do acidente de esqui, a família decidiu restringir quem poderia ficar perto do heptacampeão. Ao perceber que seria dispensado, Fritsche colocou o plano em ação, recolhendo quatro dispositivos USB e os dois discos rígidos da mansão. A prisão dos três criminosos aconteceu em julho de 2024, no estacionamento de um supermercado, dias antes de Tozturkan ligar para os familiares do piloto e ameaçá-los novamente.
Ainda segundo o Daily Mail, Lins chegou a enviar imagens para a família a fim de provar o acesso aos arquivos confidenciais. O Ministério Público de Wuppertal denunciou os três detidos.
No julgamento, Tozturkan havia relatado que Fritsche obteve o material “de uma enfermeira” que “precisava de dinheiro“, mas afirmou que não conhecia a mulher e que apenas viu uma foto dela. Ele também contou que o plano era vender os dados e dividir o dinheiro entre os três, que exigiram 12 milhões de libras, o equivalente a 90 milhões de reais pela cotação atual, para não divulgá-los.
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