Na manhã deste sábado (17), o ator Pedro Cardoso publicou um desabafo nas redes sociais, apontando que foi cortado do cartaz da série “A Grande Família” no Globoplay. Junto com o registro, o intérprete de Agostinho Carrara afirmou que o “apagamento” da sua imagem “não foi acidental”.
No texto, com o título “O direito autoral e a autoimagem nacional”, o ator falou sobre o sistema jurídico e a lei que permite que “o comerciante investidor se faça dono de obra coletiva“.
Pedro mencionou que o poder econômico permite que a obra seja modificada a contragosto do autor. “Eu disse, faz algum tempo, que se houvesse no Brasil profissionais de jornalismo honestos e livres, eles investigariam os contratos impostos aos criadores de áudio-visual pelos comerciantes investidores e seus prepostos”, escreveu o artista.
Na publicação, o ator ainda criticou a falta de posicionamento da imprensa diante do tema. “A imprensa cultural do Brasil se dedica mais a fofoca dos ‘famosos’ e suas vidas particulares do que a assuntos consequentes da vida cultural. Faz dinheiro mais fácil falar sobre coisa alguma do que sobre a realidade do país“, completou ele.
Pedro também citou a classe artística do país: “A classe artística – a cada dia mais vazia de artistas – se cala sob a ameaça do desemprego, embora alguns mantenham a pose de pessoas de sucesso“.
“Eu me insurjo contra a ilegalidade legalizada do direito autoral desde o meu primeiro dia na profissão. E acumulo derrotas. O apagamento da minha figura no cartaz promocional de ‘A Grande Família’ não é acidental. É determinação de me apagar da história. Patético!”, concluiu.
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“A Grande Família” foi uma produção de sucesso da TV Globo, que foi ao ar na emissora entre 2001 e 2014. A série narrava o cotidiano de uma família do subúrbio do Rio de Janeiro. Além de Pedro Cardoso, Lúcio Mauro Filho, Guta Stresser, Marco Nanini e Marieta Severo também protagonizaram a produção.
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