Galã das novelas, Reynaldo Gianecchini fez novas revelações sobre sua sexualidade. Em entrevista publicada hoje (1º) pela agência EFE, o ator analisou o momento de transformação pelo qual vê o mundo passar, com a quebra de paradigmas, frisou ser um grande defensor da liberdade e avisou que não gosta de se rotular.
“Nunca quis levantar nenhuma bandeira. Acredito na liberdade de ser o que cada um quiser ser. Todo mundo tem muitos lados dentro de si mesmo e acho que a sexualidade reflete muito isso”, opinou.“Não tenho medo de olhar além. Eu não me encaixo em nenhuma definição”, comentou, em seguida.
Contudo, o artista tentou encontrar uma definição para ilustrar melhor sua explicação, já que essa ainda é uma questão que intriga muita gente. “Dizem que sou gay, mas não me considero assim. Eu me considero tudo ao mesmo tempo. Se existir uma palavra para mim, então é ‘pan’ [pansexual], porque ‘pan’ é tudo”, afirmou. Pansexualidade é a atração sexual, romântica ou emocional em relação às pessoas, independente da identidade de gênero ou sexo biológico.
https://www.instagram.com/p/CDo5jS1nQnv/
Gianecchini passou a falar abertamente sobre sua sexualidade em 2019 e, para ele, essa é uma das funções sociais que a profissão exige. “O papel do artista também é de se comunicar de uma forma que possa ajudar a sociedade“, afirmou.
“Estamos em um momento muito importante para quebrar várias coisas negativas, como o racismo, a homofobia e os padrões que impedem que as pessoas sejam como são. Um momento para que as pessoas não sejam mais julgadas ou discriminadas, que não sejam afastadas porque são diferentes da maioria. Se tenho alguma luta, é pela liberdade”, completou.
Ainda no ano passado, o ator já havia comentado sobre a pressão imposta pelo público para que ele “assumisse” algo. “Eu reconheço todas as partes dentro de mim: o homem, a mulher, o gay, o hétero, o bissexual, a criança e o velho. As pessoas são levianas. Querem te encaixar numa gaveta, mas eu não consigo, porque a sexualidade é o canal da vida e a minha sexualidade não cabe numa gaveta. Nossas questões e tabus passam por esse canal. Não é à toa que cada um tem seus fetiches, suas particularidades”, ressaltou, em entrevista à Revista Ela.
Ele ainda revelou os motivos por não ter tratado do assunto antes. “Demorei para falar porque isso esbarra sempre no tamanho do preconceito no Brasil. Mas agora é importante reafirmar a liberdade, por mim e por quem enfrenta repressão”, refletiu Reynaldo.