Roger Moreira, vocalista do Ultraje a Rigor, desabafou sobre o estado de saúde de seu ex-colega de banda, Mingau. O baixista segue em recuperação desde que foi baleado na cabeça, em setembro de 2023. Em entrevista para o podcast “RedCast”, o cantor revelou que não há reação por parte de Mingau e definiu a situação como “muito triste”.
“Ele não reage. Ele está no hospital e, às vezes, vai para a UTI, porque as coisas não funcionam. Ele come por sonda, precisa fazer terapia muscular, mas não mexe, não reconhece as pessoas, não fala. É um caso muito triste. Infelizmente, não vejo um prognóstico muito bom“, lamentou.
Os dois trabalhavam juntos desde 1999, após as passagens de Mingau pelo Ratos de Porão, Inocentes e Olho Seco. O baixista foi alvo de tiros enquanto estava dentro de um carro com um amigo, em Paraty, no Rio de Janeiro. Uma das balas atingiu o lado esquerdo de sua cabeça, atravessou o cérebro e comprometeu a região responsável pela fala, visão e coordenação motora.
Desde então, Mingau passou por várias cirurgias, inclusive uma cranioplastia, em julho de 2024, para tentar recuperar a função protetora do crânio. Em janeiro deste ano, ele voltou a ser internado com um quadro de constipação e vômitos.
Apesar das complicações, Roger descreveu Mingau, cujo nome é Rinaldo Oliveira Amaral, como uma pessoa “muito forte”. “Ele é muito forte, está resistindo, mas não há muito progresso, que é o que gostaríamos de ver. A recuperação é lenta, às vezes ele pega uma infecção, sai da UTI, fica estável, aí dá problema no intestino e volta“, explicou.
Ainda de acordo com o cantor, os médicos não têm transmitido falsas esperanças à família e aos amigos, já que o caso do músico apresenta progresso lento. “Desde o começo, os médicos falam que o cérebro é imprevisível, é um pouquinho de cada vez. Então, na verdade, sempre há uma esperança, mas é pequena, infelizmente“, declarou.
Por fim, Roger revelou que Mingau está atualmente em uma clínica. “Não sei se está na UTI ou na reabilitação. O normal é ele estar nessa clínica. Ele fica deitado, faz exercícios, as pessoas dão banho nele. Ele tem uma cadeira de rodas, mas ele não se mexe. É uma situação triste e que não muda muito“, concluiu.
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